Artilheiro Fausto foi o grande nome da campanha do Linense
Foto: Emerson Secco / Jornal Debate/Divulgação
Israel Stroh
A tradição do futebol do interior segue viva e estará mais forte no Campeonato Paulista de 2011. Enquanto o Grêmio Barueri vira Prudente e clubes se tornam empresas para atender aos altos custos do futebol, o Linense, com estádio lotado, comemora o título paulista da A2, munido do maior e do segundo maior artilheiro do Estado nos últimos quatro anos.
A cidade tem pouco mais de 70 mil habitantes. População pequena, mas envolvida com o clube, seja na torcida ou na administração, como explica o gerente de futebol Valdir Lins. "Este é um clube atípico exatamente por isso. Quem cuida do time são só moradores de Lins, como é o meu caso. Tudo o que é feito no Linense é para os linenses, que retribuem lotando o estádio".
Fidelidade que é a arma do clube para superar as altas receitas de seus rivais. Guaratinguetá e São Bernardo, que também subiram, são clubes-empresa, assim como o Pão de Açúcar, que ficou de fora. O Noroeste é outra novidade na A1 e, mesmo completando 100 anos, precisa ser financiado por investidores para representar o interior. Já o Linense aposta na torcida para controlar as contas.
"Ainda não dá para se equiparar ao dinheiro dos outros times, as condições deles são melhores, mas a nossa renda em jogos nos aproxima bastante deles. Nossa média é de 11 mil por jogo, o que nos gera uma renda líquida de R$ 45 mil, o que junto a nossos patrocinadores nos dá boas condições", disse o presidente do Linense, Rogério Câmara.
O maior e o segundo maior artilheiros dos últimos anos, na verdade, é um só. Trata-se do atacante Fausto, que, possui as duas melhores marcas dos últimos quatro anos, nos cinco torneios promovidos pela Federação Paulista de Futebol (Séries A1, A2, A3, Segunda Divisão e Copa Paulista).
Em 2008, fez 25 gols na campanha que marcou o acesso da Série A3 para a A2. Neste ano, já tem 24 e ainda há mais um jogo a ser feito, contra o também classificado São Bernardo. Na Série A1, nenhum jogador marcou mais que 16 gols nestas temporadas. No entanto, o atacante deve defender outro clube na Série A1.
"O Fausto é um exemplo de profissional, está conosco já há muitos anos e é muito fiel ao clube e à diretoria. Mas sabemos da repercussão que ele está tendo. Ele é um jogador de 29 anos, que precisa pensar também na questão financeira", falou o gerente, seguido pelo atacante.
"Seria legal jogar aqui no Paulista, mas é algo que eu não posso pedir. Eu teria que tentar liberação, mas quando acertar com alguém, quero me firmar por lá, em vez de sair logo em seguida, mesmo que por empréstimo", contou o jogador, ainda sem propostas oficiais.
O grupo campeão é também experiente. O camisa 1 é Paulo Musse, experiente goleiro que jogou no Vitória por nove anos. Os outros destaques são o atacante Alessandro Cambalhota, que já passou por Santos, Corinthians, Cruzeiro e Atlético-MG, e o meia Canindé, que comandou o Paulista no vice-campeonato estadual de 2004. O meia Guaru, ex-Coritiba, completa a lista.
Assim como na A2, a proposta para disputar a elite após 52 anos é planejamento. O presidente entende que na elite e com uma torcida fanática a chance por melhores patrocínios é maior. Será essa a aposta para se aproximar dos adversários nas finanças.
"Estamos representando a força do interior. Temos uma torcida que lota o estádio e é apaixonada pelo time, enquanto tem times que mudam de cidade, descaracterizam o futebol daqui. Nosso clube é único por esse lado, podemos, por isso, ter bons patrocínios", explicou o presidente.
Enquanto o time não volta a campo, fica a expectativa na torcida. Ex-jogador do Palmeiras, Leivinha foi revelado em Lins e promete torcer pelos seus dois ex-clubes.
"Fiquei muito feliz. O clube já vem tentando isso há muito tempo, torci bastante, não fui ao estádio, mas acompanhei. Sabemos das dificuldades do interior, mas vi o time jogando para 20 mil pessoas no Estádio Gilberto Siqueira Lopes. Quero parabenizar a diretores, jogadores e também aos patrocinadores, que investiram e tornaram o projeto possível".
fonte:portal Terra
A cidade tem pouco mais de 70 mil habitantes. População pequena, mas envolvida com o clube, seja na torcida ou na administração, como explica o gerente de futebol Valdir Lins. "Este é um clube atípico exatamente por isso. Quem cuida do time são só moradores de Lins, como é o meu caso. Tudo o que é feito no Linense é para os linenses, que retribuem lotando o estádio".
Fidelidade que é a arma do clube para superar as altas receitas de seus rivais. Guaratinguetá e São Bernardo, que também subiram, são clubes-empresa, assim como o Pão de Açúcar, que ficou de fora. O Noroeste é outra novidade na A1 e, mesmo completando 100 anos, precisa ser financiado por investidores para representar o interior. Já o Linense aposta na torcida para controlar as contas.
"Ainda não dá para se equiparar ao dinheiro dos outros times, as condições deles são melhores, mas a nossa renda em jogos nos aproxima bastante deles. Nossa média é de 11 mil por jogo, o que nos gera uma renda líquida de R$ 45 mil, o que junto a nossos patrocinadores nos dá boas condições", disse o presidente do Linense, Rogério Câmara.
O maior e o segundo maior artilheiros dos últimos anos, na verdade, é um só. Trata-se do atacante Fausto, que, possui as duas melhores marcas dos últimos quatro anos, nos cinco torneios promovidos pela Federação Paulista de Futebol (Séries A1, A2, A3, Segunda Divisão e Copa Paulista).
Em 2008, fez 25 gols na campanha que marcou o acesso da Série A3 para a A2. Neste ano, já tem 24 e ainda há mais um jogo a ser feito, contra o também classificado São Bernardo. Na Série A1, nenhum jogador marcou mais que 16 gols nestas temporadas. No entanto, o atacante deve defender outro clube na Série A1.
"O Fausto é um exemplo de profissional, está conosco já há muitos anos e é muito fiel ao clube e à diretoria. Mas sabemos da repercussão que ele está tendo. Ele é um jogador de 29 anos, que precisa pensar também na questão financeira", falou o gerente, seguido pelo atacante.
"Seria legal jogar aqui no Paulista, mas é algo que eu não posso pedir. Eu teria que tentar liberação, mas quando acertar com alguém, quero me firmar por lá, em vez de sair logo em seguida, mesmo que por empréstimo", contou o jogador, ainda sem propostas oficiais.
O grupo campeão é também experiente. O camisa 1 é Paulo Musse, experiente goleiro que jogou no Vitória por nove anos. Os outros destaques são o atacante Alessandro Cambalhota, que já passou por Santos, Corinthians, Cruzeiro e Atlético-MG, e o meia Canindé, que comandou o Paulista no vice-campeonato estadual de 2004. O meia Guaru, ex-Coritiba, completa a lista.
Assim como na A2, a proposta para disputar a elite após 52 anos é planejamento. O presidente entende que na elite e com uma torcida fanática a chance por melhores patrocínios é maior. Será essa a aposta para se aproximar dos adversários nas finanças.
"Estamos representando a força do interior. Temos uma torcida que lota o estádio e é apaixonada pelo time, enquanto tem times que mudam de cidade, descaracterizam o futebol daqui. Nosso clube é único por esse lado, podemos, por isso, ter bons patrocínios", explicou o presidente.
Enquanto o time não volta a campo, fica a expectativa na torcida. Ex-jogador do Palmeiras, Leivinha foi revelado em Lins e promete torcer pelos seus dois ex-clubes.
"Fiquei muito feliz. O clube já vem tentando isso há muito tempo, torci bastante, não fui ao estádio, mas acompanhei. Sabemos das dificuldades do interior, mas vi o time jogando para 20 mil pessoas no Estádio Gilberto Siqueira Lopes. Quero parabenizar a diretores, jogadores e também aos patrocinadores, que investiram e tornaram o projeto possível".
fonte:portal Terra
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