Vamos dar uma pausa para ajustes no blog e retornaremos segunda feira ,21/06,divirtam-se
sábado, 19 de junho de 2010
A marionete de Lula
Oliver Stone, o diretor de cinema, encontrou a marionete do presidente Lula,diferentemente do "Pseudo cineasta" Jabor,que nao larga o osso e so fala bobagens
Viomundo
Viomundo
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Conheça o perfil de José Saramago
Saramago já foi serralheiro, mecânico e jornalista. Auto-ditada, iniciou a atividade literária aos 25 anos com o romance Terra do pecado. Em 1998 Saramago recebeu o Prêmio Nobel de Literatura.
Só São Paulo salva o tucanato. Ou salvava?
O artigo de Maria Inês Nassiff, publicado hoje pelo Valor Econômico, chama a atenção para um fenômeno interessante; a decadência dos tucanos em todo o Brasil. Paulo Henrique Amorim chamou a atenção para a matéria, mas ela é exclusiva para assinantes do jornal e, por isso, reproduzo alguns trechos.
Ela diz que desde 2002, “o partido de José Serra iniciou uma queda ininterrupta na sua bancada federal, que tem sido atenuada pelo desempenho eleitoral no mais rico – e mais denso eleitoralmente – Estado da Federação. São Paulo é a sua âncora eleitoral possivelmente porque é o único Estado onde se criou uma ligação propriamente orgânica do partido com o eleitorado. A parcela do eleitorado paulista que vota no PSDB está escolhendo um projeto político e ideológico identificado com o partido.”
E exemplifica:
“No Sudeste, elegeu 43 deputados, em 1998; viu esse número cair, em 2002, para 26, ano que o PSDB perdeu o governo federal; em 2002, esse número subiu para 29, mas graças a São Paulo. Em Minas, obteve 17,5% dos votos para a Câmara em 1994, atingiu 24,4% nas eleições seguintes e caiu para 14,8% em 2002, índice rigorosamente mantido em 2006. O PSDB perdeu bancada federal no Rio desde 1998 – naquele ano, elegeu 11 deputados, em 2002 fez apenas 5 e, em 2006, 3 deputados. Saiu de 13,6% do eleitorado fluminense, em 1998, para 7,2%, em 2006. No Espírito Santo, os 24,7% que obteve para a Câmara, em 1998, foram reduzidos para 12,3% em 2006.”
“Na Região Sul, houve um discretíssimo aumento de bancada, de 6 para 7 deputados, em função da vitória para o governo do Rio Grande do Sul. A façanha não deve se repetir em 2010, após o desastroso governo de Yeda Crusius. Ainda assim, com governadora eleita e tudo, o PSDB saiu de uma posição de 6,1% dos votos gaúchos para a Câmara, em 2002, para 8,4%, em 2006 – uma participação muito discreta na bancada federal gaúcha. Em Santa Catarina, teve também pequeno aumento de votação para deputado federal: saiu de 8,7% dos votos, em 98, para 9,5%, em 2006. No Paraná, registra quedas pequenas, porém constantes, desde 1998: saiu de 15,6% naquele ano para 14,2% em 2002 e 13,3% em 2006.”
“Nas demais regiões, a bancada tucana decaiu, de 1998 para cá: na Região Norte, os oito deputados 1998 viraram 6, em 2006; no Nordeste, o PSDB viu sua bancada de 1998, de 34 deputados, despencar para 19, em 2006; e no Centro-Oeste, os oito deputados que tinha em 1998 são agora 6″.
Eu vou dizer algo que pode parecer a muitos uma temeridade: os tucanos vão minguar mais no resto do país, mas vão minguar ainda mais em São Paulo.
A rejeição a José Serra será algo tão impressionante que até mesmo Geraldo Alckmin se sentirá livre para se vingar do que lhe fez o candidato tucano nas últimas eleições, quando o “cristianizou” em favor de Gilberto Kassab.
Tijolaço
Ela diz que desde 2002, “o partido de José Serra iniciou uma queda ininterrupta na sua bancada federal, que tem sido atenuada pelo desempenho eleitoral no mais rico – e mais denso eleitoralmente – Estado da Federação. São Paulo é a sua âncora eleitoral possivelmente porque é o único Estado onde se criou uma ligação propriamente orgânica do partido com o eleitorado. A parcela do eleitorado paulista que vota no PSDB está escolhendo um projeto político e ideológico identificado com o partido.”
E exemplifica:
“No Sudeste, elegeu 43 deputados, em 1998; viu esse número cair, em 2002, para 26, ano que o PSDB perdeu o governo federal; em 2002, esse número subiu para 29, mas graças a São Paulo. Em Minas, obteve 17,5% dos votos para a Câmara em 1994, atingiu 24,4% nas eleições seguintes e caiu para 14,8% em 2002, índice rigorosamente mantido em 2006. O PSDB perdeu bancada federal no Rio desde 1998 – naquele ano, elegeu 11 deputados, em 2002 fez apenas 5 e, em 2006, 3 deputados. Saiu de 13,6% do eleitorado fluminense, em 1998, para 7,2%, em 2006. No Espírito Santo, os 24,7% que obteve para a Câmara, em 1998, foram reduzidos para 12,3% em 2006.”
“Na Região Sul, houve um discretíssimo aumento de bancada, de 6 para 7 deputados, em função da vitória para o governo do Rio Grande do Sul. A façanha não deve se repetir em 2010, após o desastroso governo de Yeda Crusius. Ainda assim, com governadora eleita e tudo, o PSDB saiu de uma posição de 6,1% dos votos gaúchos para a Câmara, em 2002, para 8,4%, em 2006 – uma participação muito discreta na bancada federal gaúcha. Em Santa Catarina, teve também pequeno aumento de votação para deputado federal: saiu de 8,7% dos votos, em 98, para 9,5%, em 2006. No Paraná, registra quedas pequenas, porém constantes, desde 1998: saiu de 15,6% naquele ano para 14,2% em 2002 e 13,3% em 2006.”
“Nas demais regiões, a bancada tucana decaiu, de 1998 para cá: na Região Norte, os oito deputados 1998 viraram 6, em 2006; no Nordeste, o PSDB viu sua bancada de 1998, de 34 deputados, despencar para 19, em 2006; e no Centro-Oeste, os oito deputados que tinha em 1998 são agora 6″.
Eu vou dizer algo que pode parecer a muitos uma temeridade: os tucanos vão minguar mais no resto do país, mas vão minguar ainda mais em São Paulo.
A rejeição a José Serra será algo tão impressionante que até mesmo Geraldo Alckmin se sentirá livre para se vingar do que lhe fez o candidato tucano nas últimas eleições, quando o “cristianizou” em favor de Gilberto Kassab.
Tijolaço
Morre o escritor José Saramago
Veja, abaixo, uma lista de romances escritos por Saramago
"Terra do pecado", de 1947
"Manual de pintura e caligrafia", de 1977
"Levantado do chão", de 1980
"Memorial do convento", de 1982
"O ano da morte de Ricardo Reis", de 1984
"A jangada de pedra", de 1986
"História do cerco de Lisboa", de 1989
"O Evangelho segundo Jesus Cristo", de 1991
"Ensaio sobre a cegueira", de 1995
"Todos os nomes", de 1997
"A caverna", de 2000
"O homem duplicado", de 2002
"Ensaio sobre a lucidez", de 2004
"As intermitências da morte", de 2005
"A viagem do elefante", de 2008
"Caim", de 2009
Aliado de Aécio, prefeito de Belo Horizonte abandona Serra
Está decretada a dobradinha PSDB-PT para o Senado em Minas Gerais. Pelo menos para os socialistas. “Vamos apoiar para senador o nosso amigo Fernando Pimentel”, disse Márcio Lacerda (PSB) na quarta (16), no Palácio das Mangabeiras. O prefeito de Belo Horizonte foi à residência oficial dos governadores mineiros acompanhado dos principais líderes do PSB local para anunciar a entrada do partido na coligação liderada pelo candidato a governador Antonio Anastasia (PSDB).
O tucano Aécio, que é candidato a senador, também estava presente. Oficialmente, a chapa liderada por Anastasia terá como segundo candidato ao Senado o ex-presidente e ex-governador Itamar Franco (PPS).
O PSB mineiro também pedirá votos para Dilma Rousseff (PT), ou seja, pregará o voto ‘Dilmasia’, afirmou Lacerda. O prefeito disse que esse era um caminho natural que estava desenhado previamente, tendo em vista a participação do PSB no governo Lula e, ao mesmo tempo, no governo Aécio em Minas. O próprio Márcio Lacerda foi secretário do governo tucano estadual, onde o PSB continua mantendo cargos, sendo um deles o da secretária de Desenvolvimento Social, Ana Lúcia Gazzola.
Além de Lacerda, esteve presente na reunião no Mangabeiras o presidente estadual do PSB, Walace Lara, o prefeito da segunda cidade mais populosa administrada pelo partido, Ribeirão das Neves, na região metropolitana, que tem cerca de 165 mil eleitores.
O apoio do PSB a Pimentel é uma demonstração de gratidão. Junto com o governador Aécio Neves, o petista, então prefeito de Belo Horizonte, lançou Lacerda à sua sucessão, contrariando boa parte do PT que defendia a continuidade do partido no principal cargo da administração municipal. Pimentel e Aécio foram as principais estrelas da propaganda do candidato do PSB na televisão.
Vermelho
O tucano Aécio, que é candidato a senador, também estava presente. Oficialmente, a chapa liderada por Anastasia terá como segundo candidato ao Senado o ex-presidente e ex-governador Itamar Franco (PPS).
O PSB mineiro também pedirá votos para Dilma Rousseff (PT), ou seja, pregará o voto ‘Dilmasia’, afirmou Lacerda. O prefeito disse que esse era um caminho natural que estava desenhado previamente, tendo em vista a participação do PSB no governo Lula e, ao mesmo tempo, no governo Aécio em Minas. O próprio Márcio Lacerda foi secretário do governo tucano estadual, onde o PSB continua mantendo cargos, sendo um deles o da secretária de Desenvolvimento Social, Ana Lúcia Gazzola.
Além de Lacerda, esteve presente na reunião no Mangabeiras o presidente estadual do PSB, Walace Lara, o prefeito da segunda cidade mais populosa administrada pelo partido, Ribeirão das Neves, na região metropolitana, que tem cerca de 165 mil eleitores.
O apoio do PSB a Pimentel é uma demonstração de gratidão. Junto com o governador Aécio Neves, o petista, então prefeito de Belo Horizonte, lançou Lacerda à sua sucessão, contrariando boa parte do PT que defendia a continuidade do partido no principal cargo da administração municipal. Pimentel e Aécio foram as principais estrelas da propaganda do candidato do PSB na televisão.
Vermelho
TSE decide que Ficha Limpa vale para condenados também antes da sanção
Votação. Ricardo Lewandowski (à esq.) preside sessão no TSE único voto contra foi de Marco Aurélio Mello O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu ontem, por 6 votos a 1, que os políticos condenados por órgãos colegiados antes de sancionada a Lei da Ficha Limpa também estão inelegíveis. As mudanças na lei, portanto, não valem somente para aqueles políticos que forem condenados a partir da sanção e publicação da norma, em 7 de junho deste ano.
Na lista dos barrados em decorrência dessa decisão do TSE está, por exemplo, o deputado Paulo Maluf (PP-SP), condenado por improbidade administrativa. Além dos casos de condenação, a lei vale também para os parlamentares que renunciaram ao mandato para evitar processos de cassação por quebra de decoro. Esta lista é extensa: o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, o ex-senador Joaquim Roriz (PSC) e os ex-deputados distritais Junior Brunelli e Leonardo Prudente, flagrados recebendo dinheiro do chamado "mensalão do DEM".
Os ministros indicaram que não poderá haver aumento da sanção para os políticos que foram condenados definitivamente no passado pela Justiça Eleitoral. Antes, a pena de inelegibilidade era de 3 anos. Com a nova lei, passou para 8 anos. Nessa situação estão políticos cassados recentemente pelo TSE, como os ex-governadores Jackson Lago (Maranhão), Cássio Cunha Lima (Paraíba) e Marcelo Miranda (Tocantins). No entanto, como os ministros não decidiram especificamente sobre essa questão, os três ex-governadores ainda podem se tornar inelegíveis.
Na raiz desse julgamento está uma mudança de última hora feita pelo Senado no texto da lei aprovado pela Câmara. Uma emenda do senador Francisco Dornelles (PP-RJ) alterou o projeto para dizer que aqueles "que forem" condenados e não os que "tenham sido" condenados estariam inelegíveis. Os senadores aprovaram o texto com essa mudança e passaram a entender que apenas políticos condenados após a sanção e publicação da lei estariam inelegíveis. Alegavam que a lei não poderia retroagir para prejudicar os políticos.
Em consulta ao TSE, o deputado Ilderlei Cordeiro (PPS) perguntou qual era o entendimento da Justiça Eleitoral. O presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, chegou a consultar um professor especialista em semântica e concluiu que os condenados antes da lei poderiam ser barrados.
Situação. "Não se trata de retroatividade de norma eleitoral. Mas de sua aplicação aos registros de candidatura futuros. A causa de inelegibilidade incide sobre a situação do candidato no momento do registro da candidatura", afirmou, durante o julgamento o relator da consulta, ministro Arnaldo Versiani.
O ministro rejeitou também o argumento de que a lei estaria impondo uma pena, que seria a inelegibilidade, a pessoas que ainda não foram condenadas definitivamente pela Justiça. "Quando se trata de inelegibilidade ninguém está sendo considerado culpado do que quer que seja", disse Arnaldo Versiani. "Como a inelegibilidade não constitui pena não significa que esteja se antecipando o cumprimento de uma eventual pena."
Para justificar esse entendimento, o ministro lembrou que alguns grupos são inelegíveis, como os juízes e parentes de políticos. Versiani disse que a inelegibilidade não precisa ser imposta na condenação. "A condenação é que, por si, acarreta a inelegibilidade", afirmou. "No caso da inelegibilidade, o que se busca é a proteção da sociedade", disse a ministra Cármen Lúcia. "Como não é pena, não há retroação."
Marco Aurélio Mello votou contra. "Aprendi desde cedo que no sistema brasileiro o direito posto visa a evitar que o cidadão tenha sobre a sua cabeça uma verdadeira espada de Dâmocles. Aprendi que a lei não apanha fatos passados", afirmou.
Estadao.com.br
IR À ZONA NÃO ERA TRAIÇÃO
Contribuicao via email do amigo Marcelo
Mário Prata
Outro dia uma revista feminina me entrevistou. Queria saber como é que a
minha geração encarava o problema da traição. Eu não sei porque essas
revistas fazem essas perguntas sempre para mim, para o João Ubaldo e para o
Cacá Rosset.
Expliquei para ela que a minha geração consegue (ainda, com uma certa
culpa), diferenciar o sexo do amor. E a culpa disso é das próprias meninas
da minha adolescência que não deixavam nada. Pegar num peitinho (por cima da
blusa de balon) levava meses, às vezes, anos. Todas eram virgem. Eu disse
todas. Estamos no meio dos anos sessenta. Ficava-se no portão da casa da
namoradinha até às 10 da noite (quando o pai começava a tossir lá dentro) e
depois se juntava um grupinho numa esquina e ia-se para a Zona, tirar aquele
calor de corpo.
Era o que se fazia então: ia-se para a Zona. Outro dia o meu filho de 18
anos me perguntou como era a zona.
Bem, existiam, zonas e zonas. Em Bauru, por exemplo, tinha a famosa Casa de
Eny onde, segundo boatos que a gente ouvia, eram todas universitárias de São
Paulo. Já a Zona da minha cidade, lá na Vila São João, digamos que elas
tinham - no máximo - o curso primário incompleto. Mas eram diplomadas em
outras artes.
Chamava-se Zona porque era realmente uma zona onde a prefeitura liberava a
prostituição. As ruas eram de terra batida, o que dificultava um pouco o
acesso sexual naquele barro todo. As casas até que eram ajeitadinhas. Cada
casa tinha uma "dona" e quatro ou cinco "meninas". Na porta, uma janelinha
pequena. Se a janelinhas estivesse aberta, é porque se podia entrar. Se
estivesse fechada é porque alguém "tinha fechado a casa". E de noite, acima
da porta uma pequena e fraca luzinha. Vermelha.
"Fechar a casa" era coisa dos fazendeiros ricos. Fechavam a casa, pagavam
bebidas para todas e faziam a farra. Eu pensava: quando eu for grande, eu
vou fechar uma casa. Era sinal de status. Vou morrer sem nunca ter fechado
uma casa de Zona nenhuma. Podem ter certeza que é uma frustração que vai me
acompanhar o resto da vida.
Mas eu era adolescente e pobre. Então a gente ia de tarde que elas faziam
abatimento. Ou então ia com o pessoal da Odontologia. Eles iam de branco e
diziam que eram da saúde pública e tinham que examinar as meninas. A
primeira vez que vi uma mulher nua, foi através de um boticão de arrancar
siso.
Mas quando a gente ia à paisana, de tarde, entrava, logo a cafetina ia
perguntando: "paga um cuba, tesão?". Essa frase nunca me saiu da cabeça. Já
não há mais cuba-libre, o tesão está acabando, mas a primeira frase a gente
nunca esquece.
Como vou esquecer da Gaúcha, a minha primeira? Deitei em cima dela com as
pernas abertas e de meias brancas de cano curto, ela riu e disse: "fecha a
perna, menino. Você está parecendo uma estrela marinha". Uma estrela marinha
trêmula e meio mole, eu diria hoje.
Como me esquecer da Véia Isabé, que naquela época já tinha uns 80 anos e era
a decana da Zona? A gente passava em frente à casinha humilde dela e
gritava: "mostra, Véia Isabé" e ela levantava a saia até em cima e ria
gostoso com seu único dente de chupar jaboticaba.
E assim a gente foi crescendo. O amor na cidade com a mocinha para casar e o
sexo na Zona, porque, afinal, ninguém era de ferro.
A primeira vez que eu fiz sexo com amor, com uma namorada, já aqui em São
Paulo, assim que terminei ela se sentou na cama e disse: "não é nada disso,
rapaz. Vamos começar de novo". Foi uma grande mestra e hoje é uma grande
amiga.
Lá em cima eu falava na culpa. Coisa que os salesianos puseram na cabeça da
gente. Hoje já fica difícil separar as duas coisas. O amor e o sexo.
Agora todo adolescente "fica". Foi a grande contribuição social e sexual que
trouxeram ao mundo. Eu só não entendo porque as mulheres da minha idade
também não entram nessa de "ficar". "Ficar" não dá culpa, eu tenho certeza.
Em tempo: no meu tempo, "ficar" era conhecido como "tirar um sarro".
Mário Prata
Outro dia uma revista feminina me entrevistou. Queria saber como é que a
minha geração encarava o problema da traição. Eu não sei porque essas
revistas fazem essas perguntas sempre para mim, para o João Ubaldo e para o
Cacá Rosset.
Expliquei para ela que a minha geração consegue (ainda, com uma certa
culpa), diferenciar o sexo do amor. E a culpa disso é das próprias meninas
da minha adolescência que não deixavam nada. Pegar num peitinho (por cima da
blusa de balon) levava meses, às vezes, anos. Todas eram virgem. Eu disse
todas. Estamos no meio dos anos sessenta. Ficava-se no portão da casa da
namoradinha até às 10 da noite (quando o pai começava a tossir lá dentro) e
depois se juntava um grupinho numa esquina e ia-se para a Zona, tirar aquele
calor de corpo.
Era o que se fazia então: ia-se para a Zona. Outro dia o meu filho de 18
anos me perguntou como era a zona.
Bem, existiam, zonas e zonas. Em Bauru, por exemplo, tinha a famosa Casa de
Eny onde, segundo boatos que a gente ouvia, eram todas universitárias de São
Paulo. Já a Zona da minha cidade, lá na Vila São João, digamos que elas
tinham - no máximo - o curso primário incompleto. Mas eram diplomadas em
outras artes.
Chamava-se Zona porque era realmente uma zona onde a prefeitura liberava a
prostituição. As ruas eram de terra batida, o que dificultava um pouco o
acesso sexual naquele barro todo. As casas até que eram ajeitadinhas. Cada
casa tinha uma "dona" e quatro ou cinco "meninas". Na porta, uma janelinha
pequena. Se a janelinhas estivesse aberta, é porque se podia entrar. Se
estivesse fechada é porque alguém "tinha fechado a casa". E de noite, acima
da porta uma pequena e fraca luzinha. Vermelha.
"Fechar a casa" era coisa dos fazendeiros ricos. Fechavam a casa, pagavam
bebidas para todas e faziam a farra. Eu pensava: quando eu for grande, eu
vou fechar uma casa. Era sinal de status. Vou morrer sem nunca ter fechado
uma casa de Zona nenhuma. Podem ter certeza que é uma frustração que vai me
acompanhar o resto da vida.
Mas eu era adolescente e pobre. Então a gente ia de tarde que elas faziam
abatimento. Ou então ia com o pessoal da Odontologia. Eles iam de branco e
diziam que eram da saúde pública e tinham que examinar as meninas. A
primeira vez que vi uma mulher nua, foi através de um boticão de arrancar
siso.
Mas quando a gente ia à paisana, de tarde, entrava, logo a cafetina ia
perguntando: "paga um cuba, tesão?". Essa frase nunca me saiu da cabeça. Já
não há mais cuba-libre, o tesão está acabando, mas a primeira frase a gente
nunca esquece.
Como vou esquecer da Gaúcha, a minha primeira? Deitei em cima dela com as
pernas abertas e de meias brancas de cano curto, ela riu e disse: "fecha a
perna, menino. Você está parecendo uma estrela marinha". Uma estrela marinha
trêmula e meio mole, eu diria hoje.
Como me esquecer da Véia Isabé, que naquela época já tinha uns 80 anos e era
a decana da Zona? A gente passava em frente à casinha humilde dela e
gritava: "mostra, Véia Isabé" e ela levantava a saia até em cima e ria
gostoso com seu único dente de chupar jaboticaba.
E assim a gente foi crescendo. O amor na cidade com a mocinha para casar e o
sexo na Zona, porque, afinal, ninguém era de ferro.
A primeira vez que eu fiz sexo com amor, com uma namorada, já aqui em São
Paulo, assim que terminei ela se sentou na cama e disse: "não é nada disso,
rapaz. Vamos começar de novo". Foi uma grande mestra e hoje é uma grande
amiga.
Lá em cima eu falava na culpa. Coisa que os salesianos puseram na cabeça da
gente. Hoje já fica difícil separar as duas coisas. O amor e o sexo.
Agora todo adolescente "fica". Foi a grande contribuição social e sexual que
trouxeram ao mundo. Eu só não entendo porque as mulheres da minha idade
também não entram nessa de "ficar". "Ficar" não dá culpa, eu tenho certeza.
Em tempo: no meu tempo, "ficar" era conhecido como "tirar um sarro".
quinta-feira, 17 de junho de 2010
O homem do dossie fantasma
Este senhor da foto ao lado é o ex-delegado Onézimo de Souza, ao depor hoje, numa comissão da Câmara dos Deputado
O homem do dossie
Sua história é cândida como sua aparência.
Ele conta, segundo O Globo, que foi procurado pelo repórter Amaury Ribeiro Júnior e pelo publicitário Luiz Lanzetta, que trabalhou para o PT.
Não diz como nem por que.
Diz ainda que recebeu duas propostas, que seriam para apurar vazamentos de informações de dentro do comando da campanha e para investigar José Serra e o deputado Marcelo Itagiba, do PSDB.
Não disse como e nem por que.
Falou ainda que seriam feitas investigações sobre os petistas Rui Falcão e Vladimir Garreta, que seriam os autores do “fogo amigo” sobre a campanha.
Também não diz como nem por que.
Afirma ainda que o jornalista Amaury Ribeiro teria “dois tiros fatais” contra o candidato José Serra.
Igualmente não diz quais.
Perguntado por três vezes se tinha gravado a conversa, não confirmou nem desmentiu. Disse que isso é “matéria de defesa”, no caso de ser processado.
Vocês repararam que, em toda esta história do “dossiê que ninguém vê”, afinal de contas, só falta o dossiê?
Ou o dossiê é o livro de um repórter que foi considerado confiável pelo O Globo, pela Folha, pelo JB, que ganhou três prêmios Esso e quatro prêmios Vladimir Herzog de jornalismo e é membro do ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos) ou é o quê?
Acho que o livro de Amaury, que se chama “Porões da Privataria”, vai mudar de título. Capaz de se chamar “Bala de Prata”.
Tijolaco
O homem do dossie
Sua história é cândida como sua aparência.
Ele conta, segundo O Globo, que foi procurado pelo repórter Amaury Ribeiro Júnior e pelo publicitário Luiz Lanzetta, que trabalhou para o PT.
Não diz como nem por que.
Diz ainda que recebeu duas propostas, que seriam para apurar vazamentos de informações de dentro do comando da campanha e para investigar José Serra e o deputado Marcelo Itagiba, do PSDB.
Não disse como e nem por que.
Falou ainda que seriam feitas investigações sobre os petistas Rui Falcão e Vladimir Garreta, que seriam os autores do “fogo amigo” sobre a campanha.
Também não diz como nem por que.
Afirma ainda que o jornalista Amaury Ribeiro teria “dois tiros fatais” contra o candidato José Serra.
Igualmente não diz quais.
Perguntado por três vezes se tinha gravado a conversa, não confirmou nem desmentiu. Disse que isso é “matéria de defesa”, no caso de ser processado.
Vocês repararam que, em toda esta história do “dossiê que ninguém vê”, afinal de contas, só falta o dossiê?
Ou o dossiê é o livro de um repórter que foi considerado confiável pelo O Globo, pela Folha, pelo JB, que ganhou três prêmios Esso e quatro prêmios Vladimir Herzog de jornalismo e é membro do ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos) ou é o quê?
Acho que o livro de Amaury, que se chama “Porões da Privataria”, vai mudar de título. Capaz de se chamar “Bala de Prata”.
Tijolaco
Uma ilha cercada de São Paulo por todos lados
Do Valor
Maria Inês Nassif
17/06/2010
Ao longo das últimas eleições, o PSDB tem se tornado uma ilha cercada de São Paulo por todos os lados. Desde que perdeu as eleições presidenciais de 2002, o partido de José Serra iniciou uma queda ininterrupta na sua bancada federal, que tem sido atenuada pelo desempenho eleitoral no mais rico - e mais denso eleitoralmente - Estado da Federação. São Paulo é a sua âncora eleitoral possivelmente porque é o único Estado onde se criou uma ligação propriamente orgânica do partido com o eleitorado. A parcela do eleitorado paulista que vota no PSDB está escolhendo um projeto político e ideológico identificado com o partido. Nos demais Estados, essa identificação é mais fluida.
Em 1998, quando era poder, tinha um candidato à reeleição, o presidente Fernando Henrique Cardoso, e uma sólida base de apoio, o PSDB paulista fez 15 deputados federais com os cerca de 20% dos votos obtidos no Estado. Em 2002, sob o baque da derrota de Serra, elegeu apenas 11, com 17,8% dos votos. Em 2006, São Paulo se descolou da tendência nacional pró-PT, na disputa pela Presidência, e fez Serra governador já no primeiro turno, uma bancada de 18 deputados federais eleita com 21,1% dos votos do Estado para a Câmara e ainda deu 54,2% ao então candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin.
A tendência do PSDB nos demais Estados, no entanto, é a de perder espaço e bancada federal quando disputa na condição de oposição ao governo federal. No Sudeste, elegeu 43 deputados, em 1998; viu esse número cair, em 2002, para 26, ano que o PSDB perdeu o governo federal; em 2002, esse número subiu para 29, mas graças a São Paulo. Em Minas, obteve 17,5% dos votos para a Câmara em 1994, atingiu 24,4% nas eleições seguintes e caiu para 14,8% em 2002, índice rigorosamente mantido em 2006. O PSDB perdeu bancada federal no Rio desde 1998 - naquele ano, elegeu 11 deputados, em 2002 fez apenas 5 e, em 2006, 3 deputados. Saiu de 13,6% do eleitorado fluminense, em 1998, para 7,2%, em 2006. No Espírito Santo, os 24,7% que obteve para a Câmara, em 1998, foram reduzidos para 12,3% em 2006.
Na Região Sul, houve um discretíssimo aumento de bancada, de 6 para 7 deputados, em função da vitória para o governo do Rio Grande do Sul. A façanha não deve se repetir em 2010, após o desastroso governo de Yeda Crusius. Ainda assim, com governadora eleita e tudo, o PSDB saiu de uma posição de 6,1% dos votos gaúchos para a Câmara, em 2002, para 8,4%, em 2006 - uma participação muito discreta na bancada federal gaúcha. Em Santa Catarina, teve também pequeno aumento de votação para deputado federal: saiu de 8,7% dos votos, em 98, para 9,5%, em 2006. No Paraná, registra quedas pequenas, porém constantes, desde 1998: saiu de 15,6% naquele ano para 14,2% em 2002 e 13,3% em 2006.
Nas demais regiões, a bancada tucana decaiu, de 1998 para cá: na Região Norte, os oito deputados 1998 viraram 6, em 2006; no Nordeste, o PSDB viu sua bancada de 1998, de 34 deputados, despencar para 19, em 2006; e no Centro-Oeste, os oito deputados que tinha em 1998 são agora 6.
A análise da votação do PSDB para a Câmara dos Deputados, nas últimas quatro eleições, mostra que, exceto por São Paulo, ter a Presidência é fundamental para que as sessões estaduais mantenham ou aumentem suas bancadas federais, mesmo nos Estados em que o partido dispõe de importantes quadros ideológicos.
No Amazonas, por exemplo, Estado do líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, o Estado saiu de uma votação de 12,9% dos votos, em 1998, para 1% em 2002, e 0,7% em 2006. No Ceará de seu ex-presidente Tasso Jereissati, o PSDB chegou a ter 46,8% dos votos em 1998, baixou para 43,1% em 1998; caiu ainda mais em 2002, para 31,5% dos votos, e em 2006 teve 21,1% dos votos. É certo que, nesse último caso, a votação cearense do PSDB foi esvaziada pela eleição de Ciro Gomes (PSB) para a Câmara, com mais de 16% dos votos. Mas é certo, também, que a perda de influência do PSDB no Nordeste também sofreu o impacto da saída de Ciro do PSDB do Ceará, em 1996, e da consolidação da influência de Eduardo Campos (PSB) em Pernambuco - hoje os dois são do partido socialista. Em 1998, eram cearenses 12 dos 34 deputados que os tucanos tinham no Nordeste; em 2002, partido elegeu apenas oito deputados no Ceará, de um total de uma bancada de 23 eleitos na Região Nordeste. Em 2006, foram eleitos apenas 4 deputados do PSDB cearense. Em compensação, o PSB, partido que abrigou Ciro Gomes nas eleições de 2006, saiu de 2,3% dos votos cearenses, em 2002, para 21,1% nas eleições passadas.
Em Pernambuco, Estado do presidente do PSDB, Sérgio Guerra, o partido não consegue expressão. Em 2002, ano em que conseguiu sua maior bancada no Estado, o partido teve 14,7% dos votos à Câmara. Quatro anos depois, estava reduzido a 6,1% dos votos para a Câmara.
Os números mostram que, à exceção de São Paulo, o PSDB acompanha a lógica dos partidos tradicionais: o eleitorado não se identifica com a legenda, mas a escolhe porque é governista. Estar associado, ou não, a um orçamento ou a uma máquina administrativa conta muito para fazer uma maior ou menor bancada, à semelhança do que ocorre com o seu parceiro, o DEM, ou com o hoje maior partido do país, o PMDB. Este, aliás, apenas conseguiu reverter uma tendência de queda que se iniciou quando deixou de ser governista - entre o último mandato de FHC (PSDB) e o segundo de Lula (PT) - na hora em que compôs com o governo petista. Ser governo é tão útil ao PMDB quanto o PMDB é útil na base aliada de qualquer governo. No quadro partidário iniciado em 1979, com o fim do bipartidarismo imposto pela ditadura, dos grandes partidos, apenas o PT mantém um aumento constante de bancada, independente de ser ou não governo. O partido sofreu o impacto do escândalo do Mensalão, em 2006, quando recuou dos 18,4% de votos, obtidos em 2002, para 15%, mas ironicamente essa queda ocorreu na única eleição em que disputou na condição de partido governista. Enquanto foi oposição, teve aumento constante de bancada. O PSB também tem crescido de forma constante, mas regionalmente, carregado por suas votações no Norte e no Nordeste.
Luis Nassif on Line
Maria Inês Nassif
17/06/2010
Ao longo das últimas eleições, o PSDB tem se tornado uma ilha cercada de São Paulo por todos os lados. Desde que perdeu as eleições presidenciais de 2002, o partido de José Serra iniciou uma queda ininterrupta na sua bancada federal, que tem sido atenuada pelo desempenho eleitoral no mais rico - e mais denso eleitoralmente - Estado da Federação. São Paulo é a sua âncora eleitoral possivelmente porque é o único Estado onde se criou uma ligação propriamente orgânica do partido com o eleitorado. A parcela do eleitorado paulista que vota no PSDB está escolhendo um projeto político e ideológico identificado com o partido. Nos demais Estados, essa identificação é mais fluida.
Em 1998, quando era poder, tinha um candidato à reeleição, o presidente Fernando Henrique Cardoso, e uma sólida base de apoio, o PSDB paulista fez 15 deputados federais com os cerca de 20% dos votos obtidos no Estado. Em 2002, sob o baque da derrota de Serra, elegeu apenas 11, com 17,8% dos votos. Em 2006, São Paulo se descolou da tendência nacional pró-PT, na disputa pela Presidência, e fez Serra governador já no primeiro turno, uma bancada de 18 deputados federais eleita com 21,1% dos votos do Estado para a Câmara e ainda deu 54,2% ao então candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin.
A tendência do PSDB nos demais Estados, no entanto, é a de perder espaço e bancada federal quando disputa na condição de oposição ao governo federal. No Sudeste, elegeu 43 deputados, em 1998; viu esse número cair, em 2002, para 26, ano que o PSDB perdeu o governo federal; em 2002, esse número subiu para 29, mas graças a São Paulo. Em Minas, obteve 17,5% dos votos para a Câmara em 1994, atingiu 24,4% nas eleições seguintes e caiu para 14,8% em 2002, índice rigorosamente mantido em 2006. O PSDB perdeu bancada federal no Rio desde 1998 - naquele ano, elegeu 11 deputados, em 2002 fez apenas 5 e, em 2006, 3 deputados. Saiu de 13,6% do eleitorado fluminense, em 1998, para 7,2%, em 2006. No Espírito Santo, os 24,7% que obteve para a Câmara, em 1998, foram reduzidos para 12,3% em 2006.
Na Região Sul, houve um discretíssimo aumento de bancada, de 6 para 7 deputados, em função da vitória para o governo do Rio Grande do Sul. A façanha não deve se repetir em 2010, após o desastroso governo de Yeda Crusius. Ainda assim, com governadora eleita e tudo, o PSDB saiu de uma posição de 6,1% dos votos gaúchos para a Câmara, em 2002, para 8,4%, em 2006 - uma participação muito discreta na bancada federal gaúcha. Em Santa Catarina, teve também pequeno aumento de votação para deputado federal: saiu de 8,7% dos votos, em 98, para 9,5%, em 2006. No Paraná, registra quedas pequenas, porém constantes, desde 1998: saiu de 15,6% naquele ano para 14,2% em 2002 e 13,3% em 2006.
Nas demais regiões, a bancada tucana decaiu, de 1998 para cá: na Região Norte, os oito deputados 1998 viraram 6, em 2006; no Nordeste, o PSDB viu sua bancada de 1998, de 34 deputados, despencar para 19, em 2006; e no Centro-Oeste, os oito deputados que tinha em 1998 são agora 6.
A análise da votação do PSDB para a Câmara dos Deputados, nas últimas quatro eleições, mostra que, exceto por São Paulo, ter a Presidência é fundamental para que as sessões estaduais mantenham ou aumentem suas bancadas federais, mesmo nos Estados em que o partido dispõe de importantes quadros ideológicos.
No Amazonas, por exemplo, Estado do líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, o Estado saiu de uma votação de 12,9% dos votos, em 1998, para 1% em 2002, e 0,7% em 2006. No Ceará de seu ex-presidente Tasso Jereissati, o PSDB chegou a ter 46,8% dos votos em 1998, baixou para 43,1% em 1998; caiu ainda mais em 2002, para 31,5% dos votos, e em 2006 teve 21,1% dos votos. É certo que, nesse último caso, a votação cearense do PSDB foi esvaziada pela eleição de Ciro Gomes (PSB) para a Câmara, com mais de 16% dos votos. Mas é certo, também, que a perda de influência do PSDB no Nordeste também sofreu o impacto da saída de Ciro do PSDB do Ceará, em 1996, e da consolidação da influência de Eduardo Campos (PSB) em Pernambuco - hoje os dois são do partido socialista. Em 1998, eram cearenses 12 dos 34 deputados que os tucanos tinham no Nordeste; em 2002, partido elegeu apenas oito deputados no Ceará, de um total de uma bancada de 23 eleitos na Região Nordeste. Em 2006, foram eleitos apenas 4 deputados do PSDB cearense. Em compensação, o PSB, partido que abrigou Ciro Gomes nas eleições de 2006, saiu de 2,3% dos votos cearenses, em 2002, para 21,1% nas eleições passadas.
Em Pernambuco, Estado do presidente do PSDB, Sérgio Guerra, o partido não consegue expressão. Em 2002, ano em que conseguiu sua maior bancada no Estado, o partido teve 14,7% dos votos à Câmara. Quatro anos depois, estava reduzido a 6,1% dos votos para a Câmara.
Os números mostram que, à exceção de São Paulo, o PSDB acompanha a lógica dos partidos tradicionais: o eleitorado não se identifica com a legenda, mas a escolhe porque é governista. Estar associado, ou não, a um orçamento ou a uma máquina administrativa conta muito para fazer uma maior ou menor bancada, à semelhança do que ocorre com o seu parceiro, o DEM, ou com o hoje maior partido do país, o PMDB. Este, aliás, apenas conseguiu reverter uma tendência de queda que se iniciou quando deixou de ser governista - entre o último mandato de FHC (PSDB) e o segundo de Lula (PT) - na hora em que compôs com o governo petista. Ser governo é tão útil ao PMDB quanto o PMDB é útil na base aliada de qualquer governo. No quadro partidário iniciado em 1979, com o fim do bipartidarismo imposto pela ditadura, dos grandes partidos, apenas o PT mantém um aumento constante de bancada, independente de ser ou não governo. O partido sofreu o impacto do escândalo do Mensalão, em 2006, quando recuou dos 18,4% de votos, obtidos em 2002, para 15%, mas ironicamente essa queda ocorreu na única eleição em que disputou na condição de partido governista. Enquanto foi oposição, teve aumento constante de bancada. O PSB também tem crescido de forma constante, mas regionalmente, carregado por suas votações no Norte e no Nordeste.
Luis Nassif on Line
A díficil relação de Tasso e Ciro
Após duas décadas, relação de Tasso e Ciro está à beira do rompimento
Raquel Ulhôa, de Brasília
Valor
17/06/2010
Pela primeira vez desde que iniciaram um projeto político comum, em 1986, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) estão à beira do rompimento - político e pessoal. Sentindo-se "traído" por Ciro e seu irmão Cid Gomes (PSB), governador do Ceará, o tucano, em conversa com aliados, fala em "traição", "decepção" e "covardia". Somente uma reviravolta no quadro estadual pode reverter a situação.
Tasso tinha acordo com Ciro e Cid, candidato à reeleição, para uma aliança na eleição majoritária em 2010. O governador lançaria apenas um candidato ao Senado, o deputado Eunício Oliveira (PMDB), e apoiaria a reeleição de Tasso. No entanto, com base em várias sinalizações, Tasso está convencido de que o compromisso não será cumprido pelos irmãos Gomes.
A última vez que Tasso e Cid conversaram foi há cerca de cinco meses. Faltava decidir se a aliança seria formal ou apenas um apoio branco, ou seja, Cid não preencheria uma das duas vagas de senador na chapa majoritária, facilitando a reeleição do tucano. O compromisso do governador era resistir à pressão do PT para que lançasse o ex-ministro José Pimentel ao Senado.
Ciro - mais ligado a Tasso do que Cid - participou de tudo. De lá para cá, o governador tem adiado a retomada das negociações com Tasso. Mais recentemente, o senador tentou falar com os irmãos, mas eles não atenderam às ligações (duas para o governador e três para o deputado). E nem retornaram depois.
A certeza de que o acordo seria descumprido foi consolidada por Tasso depois da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Cid, em 8 de junho. Lula declarou não ter tratado de política, o que foi interpretado como " piada" pelo tucano, que esperava pela decisão do governador de não lançar Pimentel.
Tasso, agora, prepara um nome para lançar contra Cid. Quer fazê-lo até segunda-feira. Os dois nomes cotados são os de Marcos Cals e do empresário Beto Studart.
O senador tucano disse a aliados que esperava - principalmente de Ciro, de quem se considerava amigo - uma explicação para que pudesse organizar a campanha do partido. Tasso agora avalia que Cid protelou a conversa com o propósito de evitar que o PSDB articulasse alternativa.
Em reunião com prefeitos, na terça-feira, Tasso fez críticas a Cid e Ciro. Quando algumas lideranças perguntaram se Ciro sabia e concordava com o recuo do governador em relação à aliança, Tasso foi duro. Disse que o deputado "é cúmplice" e que a decisão foi tomada pelos dois.
Tasso e o deputado do PSB mantinham forte ligação desde que o tucano, em 1986, então governador , designou Ciro líder do seu governo na Assembleia Legislativa. Ambos eram do PMDB. Em 1988, já no PSDB, Ciro foi lançado por Tasso candidato a prefeito de Fortaleza e elegeu-se. Em 90, também apoiado por Tasso, Ciro foi eleito governador. Na época, o senador brigou com Sérgio Machado, que queria ser candidato.
Em 1998, foi candidato a presidente da República pelo PPS. Tasso, então presidente do PSDB, apoiou formalmente a reeleição de Fernando Henrique Cardoso. Em 2002, no entanto, o tucano tornou pública a decisão de não apoiar o candidato do seu partido, José Serra, para ficar ao lado de Ciro. Alegou tratar-se de um projeto político do Estado.
Em 2003, Ciro foi para o PSB. Tornou-se ministro da Integração Nacional de Lula. Foi eleito deputado federal em 2006, mesmo ano em que o irmão Cid saiu vitorioso da disputa ao governo do Estado. Tasso defendia a candidatura de Cid, mas o então governador Lúcio Alcântara, do PSDB, disputou a reeleição contra sua vontade. O tucano ficou neutro, o que significou apoio implícito a Cid, eleito em aliança PT/PMDB. O PSDB integrou o governo do PSB.
Em abril, quando Ciro ainda era pré-candidato a presidente e Dilma foi ao Ceará, o senador saiu em defesa do deputado e declarou que a visita era "uma afronta" ao deputado. Ciro teve sua candidatura rejeitada pelo PSB. Tasso tem dito que a quebra de acordo derruba a aparente "valentia" de Ciro, que mostra não ter coragem de brigar com Lula. Para Tasso, o comportamento derruba também o discurso de Ciro contra as oligarquias, pela defesa da candidatura do irmão. "Isso é que se chama oligarquia", teria dito Tasso.
Luis Nassif on Line
Raquel Ulhôa, de Brasília
Valor
17/06/2010
Pela primeira vez desde que iniciaram um projeto político comum, em 1986, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) estão à beira do rompimento - político e pessoal. Sentindo-se "traído" por Ciro e seu irmão Cid Gomes (PSB), governador do Ceará, o tucano, em conversa com aliados, fala em "traição", "decepção" e "covardia". Somente uma reviravolta no quadro estadual pode reverter a situação.
Tasso tinha acordo com Ciro e Cid, candidato à reeleição, para uma aliança na eleição majoritária em 2010. O governador lançaria apenas um candidato ao Senado, o deputado Eunício Oliveira (PMDB), e apoiaria a reeleição de Tasso. No entanto, com base em várias sinalizações, Tasso está convencido de que o compromisso não será cumprido pelos irmãos Gomes.
A última vez que Tasso e Cid conversaram foi há cerca de cinco meses. Faltava decidir se a aliança seria formal ou apenas um apoio branco, ou seja, Cid não preencheria uma das duas vagas de senador na chapa majoritária, facilitando a reeleição do tucano. O compromisso do governador era resistir à pressão do PT para que lançasse o ex-ministro José Pimentel ao Senado.
Ciro - mais ligado a Tasso do que Cid - participou de tudo. De lá para cá, o governador tem adiado a retomada das negociações com Tasso. Mais recentemente, o senador tentou falar com os irmãos, mas eles não atenderam às ligações (duas para o governador e três para o deputado). E nem retornaram depois.
A certeza de que o acordo seria descumprido foi consolidada por Tasso depois da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Cid, em 8 de junho. Lula declarou não ter tratado de política, o que foi interpretado como " piada" pelo tucano, que esperava pela decisão do governador de não lançar Pimentel.
Tasso, agora, prepara um nome para lançar contra Cid. Quer fazê-lo até segunda-feira. Os dois nomes cotados são os de Marcos Cals e do empresário Beto Studart.
O senador tucano disse a aliados que esperava - principalmente de Ciro, de quem se considerava amigo - uma explicação para que pudesse organizar a campanha do partido. Tasso agora avalia que Cid protelou a conversa com o propósito de evitar que o PSDB articulasse alternativa.
Em reunião com prefeitos, na terça-feira, Tasso fez críticas a Cid e Ciro. Quando algumas lideranças perguntaram se Ciro sabia e concordava com o recuo do governador em relação à aliança, Tasso foi duro. Disse que o deputado "é cúmplice" e que a decisão foi tomada pelos dois.
Tasso e o deputado do PSB mantinham forte ligação desde que o tucano, em 1986, então governador , designou Ciro líder do seu governo na Assembleia Legislativa. Ambos eram do PMDB. Em 1988, já no PSDB, Ciro foi lançado por Tasso candidato a prefeito de Fortaleza e elegeu-se. Em 90, também apoiado por Tasso, Ciro foi eleito governador. Na época, o senador brigou com Sérgio Machado, que queria ser candidato.
Em 1998, foi candidato a presidente da República pelo PPS. Tasso, então presidente do PSDB, apoiou formalmente a reeleição de Fernando Henrique Cardoso. Em 2002, no entanto, o tucano tornou pública a decisão de não apoiar o candidato do seu partido, José Serra, para ficar ao lado de Ciro. Alegou tratar-se de um projeto político do Estado.
Em 2003, Ciro foi para o PSB. Tornou-se ministro da Integração Nacional de Lula. Foi eleito deputado federal em 2006, mesmo ano em que o irmão Cid saiu vitorioso da disputa ao governo do Estado. Tasso defendia a candidatura de Cid, mas o então governador Lúcio Alcântara, do PSDB, disputou a reeleição contra sua vontade. O tucano ficou neutro, o que significou apoio implícito a Cid, eleito em aliança PT/PMDB. O PSDB integrou o governo do PSB.
Em abril, quando Ciro ainda era pré-candidato a presidente e Dilma foi ao Ceará, o senador saiu em defesa do deputado e declarou que a visita era "uma afronta" ao deputado. Ciro teve sua candidatura rejeitada pelo PSB. Tasso tem dito que a quebra de acordo derruba a aparente "valentia" de Ciro, que mostra não ter coragem de brigar com Lula. Para Tasso, o comportamento derruba também o discurso de Ciro contra as oligarquias, pela defesa da candidatura do irmão. "Isso é que se chama oligarquia", teria dito Tasso.
Luis Nassif on Line
Impacto sensorial
A Brettanomyces e seu efeito nos vinhos
O conjunto de aromas do vinho pode ser dividido em diversos grupos, como frutados, florais, vegetais, empireumáticos, animais, químicos, minerais etc. A harmoniosa união entre estas notas aromáticas forma o perfil final do vinho, que pode ser subdividido em primário (a partir da uva: compostos terpênicos, pirazinas, ácidos graxos, carotenóides, precursores glicosilados e compostos fenólicos), secundário (a partir da fermentação: alcoóis superiores, ácidos e ésteres, compostos nitrogenados e enxofrados, lactonas e fenóis voláteis) e terciário (etapas de acabamento: formado pela evolução dos anteriores). Durante este longo caminho, o zelo pela qualidade e a prevenção de defeitos entram em cena através do trabalho do viticultor e do enólogo.
Os aromas animais, por exemplo, causam embates, pois, em algumas regiões, são reconhecidos como um diferencial, um gosto regional, e, em outras, são considerados defeito. É importante verificar, no entanto, que estas notas de suor de cavalo, pêlos, peles, couro, gorduras, vísceras, fumo, carne, azedia e, em certas ocasiões, esgoto (classificadas como animais) são originadas pelos mesmos microorganismos nocivos capazes de desenvolver patologias no vinho.
Vinhos submetidos à maceração carbônica e os que passam por barricas utilizadas diversas vezes, costumam ter maior tendência a exibir estas características. Em geral, a presença destes aromas é devida à elevada taxa de fenóis voláteis, entre os quais, os etilfenóis possuem grande importância (4-vinil-fenol, 4-vinil-guaiacol, 4-etil-fenol e 4-etil-guaiacol, entre outros), além de compostos derivados da degradação das antocianinas (tetra-hidropiridinas). Sua formação se atribui ao metabolismo de leveduras de fermentação lenta, do gênero Brettanomyces (que pode tolerar altas concentrações de álcool e também é capaz de fermentar quantidades mínimas de açúcar residual, ou seja, condições normais no final da fermentação alcoólica), pela descarboxilação e redução de ácidos hidrocinâmicos (por exemplo, coumárico e ferulico) através da ação das cinamatos descarboxilases.
Estas enzimas também estão presentes morfologicamente em leveduras Saccharomyces cerevisiae. Entretanto, nesta espécie, esta atividade enzimática é inibida pela presença de taninos. Logo, fica fácil visualizar por que os vinhos necessitam de uma estrutura fenólica mínima para amadurecer e envelhecer adequadamente. Os fermentados contaminados por Brettanomyces podem apresentar ainda aroma de urina de rato, taxas elevadas de ácido acético (o odor característico do vinagre) e uma diminuição importante na intensidade da cor, sendo que graduações alcoólicas baixas (menos de 12% v/v), temperaturas elevadas e escassez de nutrientes durante a elaboração os predispõem a estas alterações. Como a oxidação dos aldeídos é uma das principais fontes de formação de ácido acético, o controle do potencial redox (balanço entre etapas oxidativas e redutoras) é crítico para ter vinhos livres destes inconvenientes.
Prevenção
Existem diversas possibilidades de contaminação, como: região do vinhedo, falta de higiene no recebimento da uva (aumento da população da Brettanomyces durante o desengace e esmagamento), grandes espaços de tempo entre a colheita e o início da elaboração do vinho, amadurecimento em barricas infectadas (as leveduras ficam escondidas nos poros da madeira e embaixo das borras), corte com vinhos contaminados (antes de se fazer qualquer mescla é necessário saber a origem e efetuar análises químicas, sensoriais e testar em pequenas escalas para verificar o resultado previamente), entre outros.
Conceitos simples, como prevenir ao invés de corrigir, são os mais eficazes. Portanto, limpeza no recebimento das uvas e nos equipamentos usados na vinificação, gestão correta dos níveis de SO2 durante a elaboração (0,8 mg.L-1 de SO2 molecular) e análises físico-químicas periódicas são indispensáveis. Outro ponto importante está na necessidade de conhecer o comportamento microbiológico de cada uva e da levedura usada na fermentação alcoólica, bem como a avaliação de cepas autóctones ligadas a conceitos de terroir. Afinal, sabe-se que mesmo com o domínio de uma linhagem, vários microrganismos estão presentes no ambiente. Como correção, pode-se optar por cortes com outro(s) vinho(s) ou efetuar tratamentos à base de caseinatos, PVPP, gelatina, filtrações enérgicas, ajustes de pH, adição de antioxidantes (ácido ascórbico, por exemplo), tratamentos físicos com o uso de pressão (400-500 MPa por 5 a 15 minutos), controle biológico (uso de toxinas produzidas por Pichia e Kluyveromyces) etc.
*Enóloga
O conjunto de aromas do vinho pode ser dividido em diversos grupos, como frutados, florais, vegetais, empireumáticos, animais, químicos, minerais etc. A harmoniosa união entre estas notas aromáticas forma o perfil final do vinho, que pode ser subdividido em primário (a partir da uva: compostos terpênicos, pirazinas, ácidos graxos, carotenóides, precursores glicosilados e compostos fenólicos), secundário (a partir da fermentação: alcoóis superiores, ácidos e ésteres, compostos nitrogenados e enxofrados, lactonas e fenóis voláteis) e terciário (etapas de acabamento: formado pela evolução dos anteriores). Durante este longo caminho, o zelo pela qualidade e a prevenção de defeitos entram em cena através do trabalho do viticultor e do enólogo.
Os aromas animais, por exemplo, causam embates, pois, em algumas regiões, são reconhecidos como um diferencial, um gosto regional, e, em outras, são considerados defeito. É importante verificar, no entanto, que estas notas de suor de cavalo, pêlos, peles, couro, gorduras, vísceras, fumo, carne, azedia e, em certas ocasiões, esgoto (classificadas como animais) são originadas pelos mesmos microorganismos nocivos capazes de desenvolver patologias no vinho.
Vinhos submetidos à maceração carbônica e os que passam por barricas utilizadas diversas vezes, costumam ter maior tendência a exibir estas características. Em geral, a presença destes aromas é devida à elevada taxa de fenóis voláteis, entre os quais, os etilfenóis possuem grande importância (4-vinil-fenol, 4-vinil-guaiacol, 4-etil-fenol e 4-etil-guaiacol, entre outros), além de compostos derivados da degradação das antocianinas (tetra-hidropiridinas). Sua formação se atribui ao metabolismo de leveduras de fermentação lenta, do gênero Brettanomyces (que pode tolerar altas concentrações de álcool e também é capaz de fermentar quantidades mínimas de açúcar residual, ou seja, condições normais no final da fermentação alcoólica), pela descarboxilação e redução de ácidos hidrocinâmicos (por exemplo, coumárico e ferulico) através da ação das cinamatos descarboxilases.
Estas enzimas também estão presentes morfologicamente em leveduras Saccharomyces cerevisiae. Entretanto, nesta espécie, esta atividade enzimática é inibida pela presença de taninos. Logo, fica fácil visualizar por que os vinhos necessitam de uma estrutura fenólica mínima para amadurecer e envelhecer adequadamente. Os fermentados contaminados por Brettanomyces podem apresentar ainda aroma de urina de rato, taxas elevadas de ácido acético (o odor característico do vinagre) e uma diminuição importante na intensidade da cor, sendo que graduações alcoólicas baixas (menos de 12% v/v), temperaturas elevadas e escassez de nutrientes durante a elaboração os predispõem a estas alterações. Como a oxidação dos aldeídos é uma das principais fontes de formação de ácido acético, o controle do potencial redox (balanço entre etapas oxidativas e redutoras) é crítico para ter vinhos livres destes inconvenientes.
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Existem diversas possibilidades de contaminação, como: região do vinhedo, falta de higiene no recebimento da uva (aumento da população da Brettanomyces durante o desengace e esmagamento), grandes espaços de tempo entre a colheita e o início da elaboração do vinho, amadurecimento em barricas infectadas (as leveduras ficam escondidas nos poros da madeira e embaixo das borras), corte com vinhos contaminados (antes de se fazer qualquer mescla é necessário saber a origem e efetuar análises químicas, sensoriais e testar em pequenas escalas para verificar o resultado previamente), entre outros.
Conceitos simples, como prevenir ao invés de corrigir, são os mais eficazes. Portanto, limpeza no recebimento das uvas e nos equipamentos usados na vinificação, gestão correta dos níveis de SO2 durante a elaboração (0,8 mg.L-1 de SO2 molecular) e análises físico-químicas periódicas são indispensáveis. Outro ponto importante está na necessidade de conhecer o comportamento microbiológico de cada uva e da levedura usada na fermentação alcoólica, bem como a avaliação de cepas autóctones ligadas a conceitos de terroir. Afinal, sabe-se que mesmo com o domínio de uma linhagem, vários microrganismos estão presentes no ambiente. Como correção, pode-se optar por cortes com outro(s) vinho(s) ou efetuar tratamentos à base de caseinatos, PVPP, gelatina, filtrações enérgicas, ajustes de pH, adição de antioxidantes (ácido ascórbico, por exemplo), tratamentos físicos com o uso de pressão (400-500 MPa por 5 a 15 minutos), controle biológico (uso de toxinas produzidas por Pichia e Kluyveromyces) etc.
*Enóloga
O roteiro da eleição
Por Marcos Coimbra
O roteiro da eleição
Uma coisa chama a atenção no modo como o tabuleiro acabou montado: o quanto é parecido com o que Lula queria. Conseguiu o que havia planejado para Dilma e antecipou os movimentos da oposição
Com as convenções do fim de semana, o jogo da eleição presidencial assumiu feições definitivas. De agora até o fim do mês, de relevante, só resta uma pergunta por responder, a de quem será o companheiro de chapa de Serra.
Não é algo que tenha impacto eleitoral decisivo, pois só em casos excepcionais o nome do vice faz alguma diferença apreciável. Ainda assim, é um lance que não foi jogado e que ocorrerá nos próximos dias, junto com os últimos acertos sobre coligações formais, que interessam pelas repercussões no tempo de propaganda gratuita na televisão e no rádio.
Mas o jogo fundamental foi concluído e uma coisa chama a atenção no modo como o tabuleiro acabou montado: o quanto é parecido com o que Lula queria. Ele não só moveu suas próprias peças de forma a conseguir o que havia planejado para Dilma, como antecipou corretamente os movimentos da oposição, assim se precavendo contra o que elas acabaram fazendo.
Ele talvez não calculasse que Marina fosse picada pela mosca azul de uma candidatura presidencial, que se dispusesse a deixar o PT, mudasse de partido e embarcasse em voo tão ambicioso. Sem ela, o cardápio da eleição ficaria ainda mais igual ao que ele havia imaginado, um plebiscito em que a população escolheria apenas entre alternativas, PT e PSDB, seu governo e o de FHC.
Em retrospecto, a única operação que poderia gerar traumas maiores nas fileiras do governismo, a retirada de Ciro Gomes do páreo, transcorreu sem deixar cicatrizes visíveis, pelo menos por enquanto. Lula, ao que parece, calculou bem que Ciro poderia ficar (e tudo indica que ficou) frustrado ao lhe ser subtraída a possibilidade de se apresentar como candidato, mas que não teria como se colocar contra Dilma, depois de tudo que dissera e fizera nos últimos anos.
Dentro do PT, os questionamentos a respeito da preferência por Dilma nunca foram significativos. O que faltava era aplainar resistências em algumas seções estaduais, de forma a conduzi-las todas a aceitar as reivindicações dos futuros parceiros na empreitada presidencial. Fundamentalmente, acomodar petistas e peemedebistas em conflito.
Pensando no conjunto do país, Lula só pediu de seus companheiros um sacrifício realmente grande, em Minas Gerais. Nos demais estados, a regra foi não interferir quando o PT tivesse candidatos viáveis aos governos estaduais ou ao Senado. É verdade que alguns grupos locais ficaram magoados, mas não foram forçados a abdicar de projetos concretos. Tiveram que engolir sapos ou adiar sonhos, mas não perderam nada de palpável. Talvez só lhes tenha sido exigido aquilo que antigamente se chamava "coerência", mercadoria tão desvalorizada na política brasileira atual, não estivéssemos vendo, nos dois campos, casamentos tão esdrúxulos como os que estão em gestação.
Em Minas, não. Foi com dificuldade que o PT mineiro acatou o comando de se retirar da disputa pelo governo do estado, pois se sentia em plenas condições de pleiteá-lo. Mais ainda, não compreendia por que deixar de buscá-lo ajudaria Dilma. O argumento do palanque único não o justifica, pois seria até mais fácil raciocinar que dois ajudariam, em vez de atrapalhar, o "projeto nacional".
Mas Minas era parte do preço para ter o PMDB formalmente coligado, objetivo que Lula traçou desde o início, raciocinando que mais tempo de televisão para Dilma era menos tempo para Serra. Lá atrás, pouca gente acreditava que o alcançaria, mas ele chegou lá (não custa lembrar, no entanto, que a última e, até agora, única vez em que o PMDB se coligou com outro partido foi na candidatura Serra em 2002, com resultados conhecidos).
Quanto às oposições, Lula foi capaz de adivinhar direitinho o que fariam: o PSDB viria com Serra e os outros partidos o secundariam. Por elas, o segundo turno seria antecipado, que era o que ele queria. No tocante a Serra e Aécio, conhecendo a ambos, Lula deve ter apostado desde sempre que um nunca seria vice do outro.
O fim desta fase que fingimos ser de "pré-campanha" (fingindo respeitar uma legislação que nunca foi respeitada) deve ver Dilma assumindo a dianteira nas pesquisas. É a consequência natural de um jogo bem jogado. Quem o inventou foi Lula, que escreveu um roteiro do qual ninguém, incluindo os adversários, conseguiu escapar.
Luis Nassif on Line
O roteiro da eleição
Uma coisa chama a atenção no modo como o tabuleiro acabou montado: o quanto é parecido com o que Lula queria. Conseguiu o que havia planejado para Dilma e antecipou os movimentos da oposição
Com as convenções do fim de semana, o jogo da eleição presidencial assumiu feições definitivas. De agora até o fim do mês, de relevante, só resta uma pergunta por responder, a de quem será o companheiro de chapa de Serra.
Não é algo que tenha impacto eleitoral decisivo, pois só em casos excepcionais o nome do vice faz alguma diferença apreciável. Ainda assim, é um lance que não foi jogado e que ocorrerá nos próximos dias, junto com os últimos acertos sobre coligações formais, que interessam pelas repercussões no tempo de propaganda gratuita na televisão e no rádio.
Mas o jogo fundamental foi concluído e uma coisa chama a atenção no modo como o tabuleiro acabou montado: o quanto é parecido com o que Lula queria. Ele não só moveu suas próprias peças de forma a conseguir o que havia planejado para Dilma, como antecipou corretamente os movimentos da oposição, assim se precavendo contra o que elas acabaram fazendo.
Ele talvez não calculasse que Marina fosse picada pela mosca azul de uma candidatura presidencial, que se dispusesse a deixar o PT, mudasse de partido e embarcasse em voo tão ambicioso. Sem ela, o cardápio da eleição ficaria ainda mais igual ao que ele havia imaginado, um plebiscito em que a população escolheria apenas entre alternativas, PT e PSDB, seu governo e o de FHC.
Em retrospecto, a única operação que poderia gerar traumas maiores nas fileiras do governismo, a retirada de Ciro Gomes do páreo, transcorreu sem deixar cicatrizes visíveis, pelo menos por enquanto. Lula, ao que parece, calculou bem que Ciro poderia ficar (e tudo indica que ficou) frustrado ao lhe ser subtraída a possibilidade de se apresentar como candidato, mas que não teria como se colocar contra Dilma, depois de tudo que dissera e fizera nos últimos anos.
Dentro do PT, os questionamentos a respeito da preferência por Dilma nunca foram significativos. O que faltava era aplainar resistências em algumas seções estaduais, de forma a conduzi-las todas a aceitar as reivindicações dos futuros parceiros na empreitada presidencial. Fundamentalmente, acomodar petistas e peemedebistas em conflito.
Pensando no conjunto do país, Lula só pediu de seus companheiros um sacrifício realmente grande, em Minas Gerais. Nos demais estados, a regra foi não interferir quando o PT tivesse candidatos viáveis aos governos estaduais ou ao Senado. É verdade que alguns grupos locais ficaram magoados, mas não foram forçados a abdicar de projetos concretos. Tiveram que engolir sapos ou adiar sonhos, mas não perderam nada de palpável. Talvez só lhes tenha sido exigido aquilo que antigamente se chamava "coerência", mercadoria tão desvalorizada na política brasileira atual, não estivéssemos vendo, nos dois campos, casamentos tão esdrúxulos como os que estão em gestação.
Em Minas, não. Foi com dificuldade que o PT mineiro acatou o comando de se retirar da disputa pelo governo do estado, pois se sentia em plenas condições de pleiteá-lo. Mais ainda, não compreendia por que deixar de buscá-lo ajudaria Dilma. O argumento do palanque único não o justifica, pois seria até mais fácil raciocinar que dois ajudariam, em vez de atrapalhar, o "projeto nacional".
Mas Minas era parte do preço para ter o PMDB formalmente coligado, objetivo que Lula traçou desde o início, raciocinando que mais tempo de televisão para Dilma era menos tempo para Serra. Lá atrás, pouca gente acreditava que o alcançaria, mas ele chegou lá (não custa lembrar, no entanto, que a última e, até agora, única vez em que o PMDB se coligou com outro partido foi na candidatura Serra em 2002, com resultados conhecidos).
Quanto às oposições, Lula foi capaz de adivinhar direitinho o que fariam: o PSDB viria com Serra e os outros partidos o secundariam. Por elas, o segundo turno seria antecipado, que era o que ele queria. No tocante a Serra e Aécio, conhecendo a ambos, Lula deve ter apostado desde sempre que um nunca seria vice do outro.
O fim desta fase que fingimos ser de "pré-campanha" (fingindo respeitar uma legislação que nunca foi respeitada) deve ver Dilma assumindo a dianteira nas pesquisas. É a consequência natural de um jogo bem jogado. Quem o inventou foi Lula, que escreveu um roteiro do qual ninguém, incluindo os adversários, conseguiu escapar.
Luis Nassif on Line
Nelson Mandela acompanha funeral da bisneta em Joanesburgo
Zenani Mandela, de 13 anos, sofreu um acidente de carro depois de sair da abertura da Copa do Mundo. O motorista foi preso, acusado de dirigir embriagado. Cerimônia aconteceu na capela de sua escola.
Uso de maconha entre chefs faz surgir um novo tipo de cozinha
“Todo mundo fuma maconha no fim do dia, no restaurante”. Esta declaração foi feita pelo chef Anthony Bourdain, autor do polêmico livro “Cozinha Confidencial”, ao jornal americano New York Times. “Existem diversos restaurantes criados especificamente para o paladar do chef meio chapado, meio bêbado depois do trabalho”, completou ele.
Apesar de muitos chefs lidarem com a pressão da cozinha sem o uso de substâncias ilícitas, Bourdain não está sozinho na polêmica. Outros chefs também afirmaram que alguns de seus pratos elaborados e de dar água na boca foram criados sob o efeito da erva. Roy Choi, chef de um restaurante em Los Angeles, disse ao NYT que usa maconha para relaxar de turnos de 17 horas de trabalho e para estimular sua criatividade.
A criação de pratos sob o efeito da maconha é chamada pelo jornal de “haute stoner cuisine”. Entretanto, a estética e os sabores da tal “cozinha chapada” não são exclusividade de quem usa a droga. É mais a “vibe” do que a droga, em si.
"Haute stoner cuisine" busca atingir todos os sentidos
Um restaurante em Manhattan, por exemplo, serve uma sobremesa que consiste num sorvete com o sabor doce que fica no leite que resta no fundo de uma tigela de cereais. A chef Christina Tosi, responsável pela sobremesa, afirmou que não tinha
usado nenhuma droga quando criou o tal sorvete, que mistura o conhecimento da alta cozinha com a gula gerada pela maconha. Tosi reconhece o apelo de suas criações neste público-alvo, porque acredita que suas sobremesas tem textura e sabores muito profundos, dando uma experiência sensorial exagerada em quem as come. O chef Vinny Dotolo, de Los Angeles, também caracteriza a “haute stoner cuisine” como uma busca em atingir todos os sentidos.
Nos anos 80, quando nascia a cultura do chef celebridade, a droga mais comum no meio era a cocaína, que ajudava os chefs a aguentarem a correria das cozinhas. O jornal sugere um dos motivos que pode contribuir para esta onda é o crescente número de estados norte-americanos que estão permitindo o uso da maconha para fins medicinais.
Apesar da declaração de Bourdain e de alguns chefs admitirem que fumam maconha no fim do expediente, o uso de drogas é motivo de preocupação para os restaurantes nos EUA: se um empregado é pego usando alguma substância ilegal, o restaurante pode perder a licença para vender bebidas alcoólicas.
Apesar de muitos chefs lidarem com a pressão da cozinha sem o uso de substâncias ilícitas, Bourdain não está sozinho na polêmica. Outros chefs também afirmaram que alguns de seus pratos elaborados e de dar água na boca foram criados sob o efeito da erva. Roy Choi, chef de um restaurante em Los Angeles, disse ao NYT que usa maconha para relaxar de turnos de 17 horas de trabalho e para estimular sua criatividade.
A criação de pratos sob o efeito da maconha é chamada pelo jornal de “haute stoner cuisine”. Entretanto, a estética e os sabores da tal “cozinha chapada” não são exclusividade de quem usa a droga. É mais a “vibe” do que a droga, em si.
"Haute stoner cuisine" busca atingir todos os sentidos
Um restaurante em Manhattan, por exemplo, serve uma sobremesa que consiste num sorvete com o sabor doce que fica no leite que resta no fundo de uma tigela de cereais. A chef Christina Tosi, responsável pela sobremesa, afirmou que não tinha
usado nenhuma droga quando criou o tal sorvete, que mistura o conhecimento da alta cozinha com a gula gerada pela maconha. Tosi reconhece o apelo de suas criações neste público-alvo, porque acredita que suas sobremesas tem textura e sabores muito profundos, dando uma experiência sensorial exagerada em quem as come. O chef Vinny Dotolo, de Los Angeles, também caracteriza a “haute stoner cuisine” como uma busca em atingir todos os sentidos.
Nos anos 80, quando nascia a cultura do chef celebridade, a droga mais comum no meio era a cocaína, que ajudava os chefs a aguentarem a correria das cozinhas. O jornal sugere um dos motivos que pode contribuir para esta onda é o crescente número de estados norte-americanos que estão permitindo o uso da maconha para fins medicinais.
Apesar da declaração de Bourdain e de alguns chefs admitirem que fumam maconha no fim do expediente, o uso de drogas é motivo de preocupação para os restaurantes nos EUA: se um empregado é pego usando alguma substância ilegal, o restaurante pode perder a licença para vender bebidas alcoólicas.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Serra afirma que o compromisso com a democracia é inegociável
Sábado, 12/06/2010
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, disse que Serra será o candidato do equilíbrio e que espera uma campanha limpa e popular. Os principais compromissos da campanha foram apresentados por Serra.
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, disse que Serra será o candidato do equilíbrio e que espera uma campanha limpa e popular. Os principais compromissos da campanha foram apresentados por Serra.
Novos recursos do blog
O blog adicionou mais um recurso para facilitar a integracao com o facebook,o botao"curtir", no canto superior esquerdo de cada postagem,para participar e so clicar no icone "curtir".
Breve teremos um comentarista convidado que falara sobre esportes, especialmente sobre futebol,aguardem
Breve teremos um comentarista convidado que falara sobre esportes, especialmente sobre futebol,aguardem
Comissão do Senado aprova estatuto de igualdade social
A proposta prevê igualdade de oportunidades, respeito ao direito dos negros e combate à discriminação. Para o governo, o texto não é ideal, mais o possível.
Seja o que Deus quiser
Enviado por luis nassif
A cena mais engraçada do jogo com a Coreia foi a entrevista final com o Maicol, autor do primeiro gol.
O repórter perguntou:
- Conta como você fez, viu o goleiro adiantado e sentiu que podia enfiar naquele espaço?
E ele, com toda sinceridade:
- Não. Corri até a linha de fundo, não tinha mais nem pernas e resolvi chutar e pensei seja o que Deus quiser.
E Deus quis.
A cena mais engraçada do jogo com a Coreia foi a entrevista final com o Maicol, autor do primeiro gol.
O repórter perguntou:
- Conta como você fez, viu o goleiro adiantado e sentiu que podia enfiar naquele espaço?
E ele, com toda sinceridade:
- Não. Corri até a linha de fundo, não tinha mais nem pernas e resolvi chutar e pensei seja o que Deus quiser.
E Deus quis.
O boom agrícola brasileiro
Enviado por luisnassif
Por Edson Joanni
Brasil terá maior crescimento agrícola do mundo até 2019
Daniela Fernandes
De Paris para a BBC Brasil
Brasil deve ampliar participação em produtos que já exporta
A produção agrícola do Brasil deverá registrar o maior crescimento mundial, de mais de 40% até 2019, na comparação com o período entre 2007 e 2009, segundo um relatório conjunto da Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado nesta terça-feira.
"É no Brasil que a alta da produção agrícola será, de longe, a mais rápida", afirma o documento Perspectivas Agrícolas 2010-2019, divulgado pelas duas organizações.
De acordo com o relatório, a agricultura russa deve crescer 26% até 2019. Os setores agrícolas da China e da Índia também devem registrar um aumento significativo nesse período, de 26% e 21%, respectivamente.
Já a produção agrícola da União Europeia deve registrar uma expansão de menos de 4% até 2019, segundo o relatório, que classifica o desempenho como "estagnado".
"O aumento da produção agrícola mundial deverá ser menos rápido durante a próxima década do que nos últimos dez anos, mas ela deverá, no entanto, permitir o crescimento de 70% da produção mundial de alimentos até 2050, como exige o crescimento demográfico previsto", afirma o relatório.
Etanol
O documento demonstra que o Brasil deve ampliar ainda mais suas atividades em setores agrícolas onde já atua com destaque. Um deles é o da produção de etanol, que deve crescer 7,5% por ano no Brasil no período entre 2010 e 2019.
"O Brasil, com sua indústria baseada na produção de etanol a partir da cana-de-açúcar, deverá ser o principal exportador mundial. Uma parte dessas exportações deve transitar pelos países do Caribe com destino aos Estados Unidos para se beneficiar de condições preferenciais de importação", diz o relatório.
Segundo a FAO e a OCDE, "o aumento do comércio internacional de etanol vai resultar quase totalmente do crescimento das exportações brasileiras".
O documento afirma ainda que "40% do aumento da produção mundial de etanol deve ser realizado graças ao aumento da produção baseada na cana-de-açúcar, principalmente do Brasil, para atender a demanda doméstica brasileira e americana".
Oleaginosas
Outro setor agrícola em que o Brasil deverá ter maior destaque é o dos oleaginosos (soja, milho, óleos...
Luis Nassif on Line
Por Edson Joanni
Brasil terá maior crescimento agrícola do mundo até 2019
Daniela Fernandes
De Paris para a BBC Brasil
Brasil deve ampliar participação em produtos que já exporta
A produção agrícola do Brasil deverá registrar o maior crescimento mundial, de mais de 40% até 2019, na comparação com o período entre 2007 e 2009, segundo um relatório conjunto da Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado nesta terça-feira.
"É no Brasil que a alta da produção agrícola será, de longe, a mais rápida", afirma o documento Perspectivas Agrícolas 2010-2019, divulgado pelas duas organizações.
De acordo com o relatório, a agricultura russa deve crescer 26% até 2019. Os setores agrícolas da China e da Índia também devem registrar um aumento significativo nesse período, de 26% e 21%, respectivamente.
Já a produção agrícola da União Europeia deve registrar uma expansão de menos de 4% até 2019, segundo o relatório, que classifica o desempenho como "estagnado".
"O aumento da produção agrícola mundial deverá ser menos rápido durante a próxima década do que nos últimos dez anos, mas ela deverá, no entanto, permitir o crescimento de 70% da produção mundial de alimentos até 2050, como exige o crescimento demográfico previsto", afirma o relatório.
Etanol
O documento demonstra que o Brasil deve ampliar ainda mais suas atividades em setores agrícolas onde já atua com destaque. Um deles é o da produção de etanol, que deve crescer 7,5% por ano no Brasil no período entre 2010 e 2019.
"O Brasil, com sua indústria baseada na produção de etanol a partir da cana-de-açúcar, deverá ser o principal exportador mundial. Uma parte dessas exportações deve transitar pelos países do Caribe com destino aos Estados Unidos para se beneficiar de condições preferenciais de importação", diz o relatório.
Segundo a FAO e a OCDE, "o aumento do comércio internacional de etanol vai resultar quase totalmente do crescimento das exportações brasileiras".
O documento afirma ainda que "40% do aumento da produção mundial de etanol deve ser realizado graças ao aumento da produção baseada na cana-de-açúcar, principalmente do Brasil, para atender a demanda doméstica brasileira e americana".
Oleaginosas
Outro setor agrícola em que o Brasil deverá ter maior destaque é o dos oleaginosos (soja, milho, óleos...
Luis Nassif on Line
PSDB x PT
Do Portal Brasilianas.org
Enviado por Gunter Zibell
Por que acho que o PSDB não é mais alternativa ao PT
Eu não tenho contato com nenhum político ou quadro de nenhum partido. Apenas posso analisar com as informações que chegam, por imprensa ou blogosfera. E sabemos como podem chegar distorcidas ou incompletas.
O que se nota é que tem havido muitas análises e discussões considerando o PT e o PSDB como pólos antagônicos, como faces de uma moeda, como dois contendores equivalentes ainda que se diferenciando.
Contudo, o que penso notar, é que, ainda que aparentemente eqüidistante e imparcial, esse é um discurso que favorece, a meu ver sem merecimento, o PSDB. Apenas ajuda a frear a percepção de seus problemas, enquanto o PT progressivamente ganha a imagem daquele gato cuja cor não importa, contanto que cace os ratos...
A experiência dos últimos 15 anos é de que o PT e o PSDB se diferenciaram demais. O PSDB gostaria de ser visto como a melhor opção de governo. No entanto, na percepção da maioria dos agentes, se algum dia foi visto assim, provavelmente não o é mais. Ao contrário. E, para evitar ser visto como retrocesso ou opção inferior, é que resiste através de artigos que o apresentam como ainda alternativa ao PT.
Mas, após tanto tempo, e independentemente de sabermos que o PT também apresenta suas deficiências, fica claro que agora se trata de forças muito distintas.
A primeira coisa que salta aos olhos é o modo de fazer política. Não apenas durante o período de eleições, mas ao longo dos mandatos. O PSDB usa rotineiramente de seus contatos com a grande mídia, que abre mão de seu princípio de informar imparcialmente. De forma resumida, apenas se vê críticas às administrações PT, apenas se vê elogios às administrações PSDB. E qualquer comparação ao longo do tempo no nível federal ou no mesmo tempo entre governos estaduais mostra que essa abordagem dada pela imprensa é incompleta. A isso agrega-se a forma destrutiva, carente de ética e às vezes autofágica, de fazer campanha eleitoral.
No que se refere a relacionamento com a sociedade, as diferenças são imensas. O PSDB relaciona-se com 3 ou 4 partidos menores, com a grande mídia e, neste caso não exclusivamente, com alguns segmentos do grande capital. O PT relaciona-se com maior propriedade com tudo o demais, particularmente movimentos sociais, sindicatos, funcionalismo, comunidade científica, todos os setores produtivos.
Em relação a organicidade também parece haver diferenças. O PT aumenta continuamente seu número de filiados, 40% nos últimos oito anos. É possível que já tenha quadros que sobrepassem em número e capacitação os do PSDB. E ainda, por aceitar mais facilmente a divisão do poder, conta com o concurso daqueles de vários partidos aliados, em especial PR, PMDB, PSB, PDT ePCdB. A capacidade de dividir decisões (e candidaturas) pode ser algo recente no PT, no que pode ser criticado pelos seus integrantes mais tradicionais. Mas não seria isso sinal de renovação? O PSDB parece, por seu turno, precocemente envelhecido. Os contínuos decréscimos eleitorais, e 2010 será o terceiro seguido, levarão esse partido a ter pouco mais da metade dos congressistas do outro. Não se tratará a partir de 2011 de coligações equivalentes : em um lado estarão os dois maiores partidos, aliados do 5º ao 7º. Do outro lado teremos o 3º, 4º e 8º.
Ao confrontarmos os programas com aquilo que ocorre hoje no mundo novamente vemos distinções. Não se trata de dividirmos entre direita e esquerda. Esses nomes podem não ser apropriados para a forma atual do PT de conduzir alianças e governo. Mas entre ser mais adaptável ao moderno ou aos ventos internacionais. O PSDB aparenta rejeitar, ainda que não no discurso mas na prática, o Estador indutor e alguns pontos de nacionalismo. Isso está na contramão daquilo que mais está sendo praticado nas relações internacionais e pelo mundo afora. Além de nos quadros do PSDB, onde mais o discurso neoliberal estaria em voga?
Tanto os tamanhos dos partidos (e de forças aliadas) como as diferenças programáticas (mais bem ausência de programa de um dos lados) levam a ser difícil considerar o quadro como de uma polarização real. Mais parece uma resistência mal conduzida. Acredito que o PSDB faria melhor se tentasse articular uma nova oposição em torno de si, mas, do modo como as coisas caminham, é mais previsível que a oposição efetiva e com conteúdo surja de dentro da atual coligação governista e, em isso acontecendo, apenas restará ao PSDB o papel de coadjuvante. E isso enquanto ainda é capaz de contar brilho no seu passado, pois mesmo isso poderá ficar empanado no futuro próximo...
Luis Nassif on Line
Enviado por Gunter Zibell
Por que acho que o PSDB não é mais alternativa ao PT
Eu não tenho contato com nenhum político ou quadro de nenhum partido. Apenas posso analisar com as informações que chegam, por imprensa ou blogosfera. E sabemos como podem chegar distorcidas ou incompletas.
O que se nota é que tem havido muitas análises e discussões considerando o PT e o PSDB como pólos antagônicos, como faces de uma moeda, como dois contendores equivalentes ainda que se diferenciando.
Contudo, o que penso notar, é que, ainda que aparentemente eqüidistante e imparcial, esse é um discurso que favorece, a meu ver sem merecimento, o PSDB. Apenas ajuda a frear a percepção de seus problemas, enquanto o PT progressivamente ganha a imagem daquele gato cuja cor não importa, contanto que cace os ratos...
A experiência dos últimos 15 anos é de que o PT e o PSDB se diferenciaram demais. O PSDB gostaria de ser visto como a melhor opção de governo. No entanto, na percepção da maioria dos agentes, se algum dia foi visto assim, provavelmente não o é mais. Ao contrário. E, para evitar ser visto como retrocesso ou opção inferior, é que resiste através de artigos que o apresentam como ainda alternativa ao PT.
Mas, após tanto tempo, e independentemente de sabermos que o PT também apresenta suas deficiências, fica claro que agora se trata de forças muito distintas.
A primeira coisa que salta aos olhos é o modo de fazer política. Não apenas durante o período de eleições, mas ao longo dos mandatos. O PSDB usa rotineiramente de seus contatos com a grande mídia, que abre mão de seu princípio de informar imparcialmente. De forma resumida, apenas se vê críticas às administrações PT, apenas se vê elogios às administrações PSDB. E qualquer comparação ao longo do tempo no nível federal ou no mesmo tempo entre governos estaduais mostra que essa abordagem dada pela imprensa é incompleta. A isso agrega-se a forma destrutiva, carente de ética e às vezes autofágica, de fazer campanha eleitoral.
No que se refere a relacionamento com a sociedade, as diferenças são imensas. O PSDB relaciona-se com 3 ou 4 partidos menores, com a grande mídia e, neste caso não exclusivamente, com alguns segmentos do grande capital. O PT relaciona-se com maior propriedade com tudo o demais, particularmente movimentos sociais, sindicatos, funcionalismo, comunidade científica, todos os setores produtivos.
Em relação a organicidade também parece haver diferenças. O PT aumenta continuamente seu número de filiados, 40% nos últimos oito anos. É possível que já tenha quadros que sobrepassem em número e capacitação os do PSDB. E ainda, por aceitar mais facilmente a divisão do poder, conta com o concurso daqueles de vários partidos aliados, em especial PR, PMDB, PSB, PDT ePCdB. A capacidade de dividir decisões (e candidaturas) pode ser algo recente no PT, no que pode ser criticado pelos seus integrantes mais tradicionais. Mas não seria isso sinal de renovação? O PSDB parece, por seu turno, precocemente envelhecido. Os contínuos decréscimos eleitorais, e 2010 será o terceiro seguido, levarão esse partido a ter pouco mais da metade dos congressistas do outro. Não se tratará a partir de 2011 de coligações equivalentes : em um lado estarão os dois maiores partidos, aliados do 5º ao 7º. Do outro lado teremos o 3º, 4º e 8º.
Ao confrontarmos os programas com aquilo que ocorre hoje no mundo novamente vemos distinções. Não se trata de dividirmos entre direita e esquerda. Esses nomes podem não ser apropriados para a forma atual do PT de conduzir alianças e governo. Mas entre ser mais adaptável ao moderno ou aos ventos internacionais. O PSDB aparenta rejeitar, ainda que não no discurso mas na prática, o Estador indutor e alguns pontos de nacionalismo. Isso está na contramão daquilo que mais está sendo praticado nas relações internacionais e pelo mundo afora. Além de nos quadros do PSDB, onde mais o discurso neoliberal estaria em voga?
Tanto os tamanhos dos partidos (e de forças aliadas) como as diferenças programáticas (mais bem ausência de programa de um dos lados) levam a ser difícil considerar o quadro como de uma polarização real. Mais parece uma resistência mal conduzida. Acredito que o PSDB faria melhor se tentasse articular uma nova oposição em torno de si, mas, do modo como as coisas caminham, é mais previsível que a oposição efetiva e com conteúdo surja de dentro da atual coligação governista e, em isso acontecendo, apenas restará ao PSDB o papel de coadjuvante. E isso enquanto ainda é capaz de contar brilho no seu passado, pois mesmo isso poderá ficar empanado no futuro próximo...
Luis Nassif on Line
Manipulacao explicita
No último fim de semana, a imprensa veiculou declaração do presidente Lula sobre a diferença de cobertura que a Globo deu às convenções do PSDB e do PMDB que escolheram os candidatos que os partidos apoiarão na disputa pela Presidência da República.
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania
Diante da gritante desproporção entre os tempos dispensados pelo Jornal Nacional para as convenções que escolheram Serra e Dilma, Lula disse – sem citar a Globo – que veículos que tivessem preferências partidárias deveriam assumi-las para que o eleitor de Dilma mudasse de canal quando aquele veículo estivesse fazendo campanha.
A Globo acusou o golpe e deu amplo espaço, em seu último programa dominical “Fantástico”, para a convenção do PT. Devo dizer que foi uma cobertura correta, equivalente à de Serra.
Fica cada vez mais claro, portanto, que a Globo – e a Folha,o Estadão, a Veja e os seus tentáculos na imprensa nacional – não pretende assumir sua opção eleitoral coisa nenhuma, pois acredita que a imagem de isenção é a que melhor favorece o sucesso de sua campanha dissimulada para José Serra.
Contudo, basta uma rápida lida nos jornais da coalizão tucana para detectar a enorme diferença de tratamento que é dado aos dois grupos políticos e, sobretudo, aos seus candidatos a presidente.
Para Lula, Dilma e o PT abundam termos e expressões pejorativas, julgamentos de valor sem qualquer base factual, oriundos apenas de opiniões e preferências. Para Serra, uma maioria gritante de elogios e raríssimas críticas, além de repetitivo endosso às teses tucanas.
Vejam, por exemplo, o que se pode extrair rapidamente dos jornais desta segunda-feira. Depois, que cada um procure coisa semelhante em relação a Serra nos mesmos veículos. Ao fim, que se tire as conclusões inevitáveis sobre essa fantasiosa isenção que a imprensa se atribui.
Correio Braziliense
Na oficialização da candidatura de Dilma à Presidência, PT “desbota” o vermelho das bandeiras e direciona o discurso para o público feminino, ainda resistente ao nome da ex-ministra de Lula
Lula, sombra indispensável
Serra arregaça as mangas
Serra foi bastante aplaudido
O Estado de S. Paulo
Presidente domina festa de oficialização da candidatura da ex-ministra
Dilma fez um discurso de 50 minutos, mas não empolgou os militantes.
Ainda sem entusiasmar a plateia, que soltava tímidos aplausos, Dilma comparou o Brasil de gestões passadas
Ao defender um governo de coalizão, Dilma parecia à vontade ao lado dos novos aliados – desafetos do PT num passado não muito distante, como o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP)
Dilma é candidata por falta de opção
O PT continua sendo o partido dos pobres, mas não da ética
Ao discursar, o presidente disse que mudou de nome nesta eleição, para Dilma. E que ela o representará na urna eletrônica. Só falta agora Lula ir à TV e, ao melhor estilo Enéas, bradar: “Meu nome é Dilma.”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofuscou a ex-ministra na convenção de ontem
Presidente Lula empata com Figueiredo [último ditador militar]
Clique aqui para continuar lendo
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania
Diante da gritante desproporção entre os tempos dispensados pelo Jornal Nacional para as convenções que escolheram Serra e Dilma, Lula disse – sem citar a Globo – que veículos que tivessem preferências partidárias deveriam assumi-las para que o eleitor de Dilma mudasse de canal quando aquele veículo estivesse fazendo campanha.
A Globo acusou o golpe e deu amplo espaço, em seu último programa dominical “Fantástico”, para a convenção do PT. Devo dizer que foi uma cobertura correta, equivalente à de Serra.
Fica cada vez mais claro, portanto, que a Globo – e a Folha,o Estadão, a Veja e os seus tentáculos na imprensa nacional – não pretende assumir sua opção eleitoral coisa nenhuma, pois acredita que a imagem de isenção é a que melhor favorece o sucesso de sua campanha dissimulada para José Serra.
Contudo, basta uma rápida lida nos jornais da coalizão tucana para detectar a enorme diferença de tratamento que é dado aos dois grupos políticos e, sobretudo, aos seus candidatos a presidente.
Para Lula, Dilma e o PT abundam termos e expressões pejorativas, julgamentos de valor sem qualquer base factual, oriundos apenas de opiniões e preferências. Para Serra, uma maioria gritante de elogios e raríssimas críticas, além de repetitivo endosso às teses tucanas.
Vejam, por exemplo, o que se pode extrair rapidamente dos jornais desta segunda-feira. Depois, que cada um procure coisa semelhante em relação a Serra nos mesmos veículos. Ao fim, que se tire as conclusões inevitáveis sobre essa fantasiosa isenção que a imprensa se atribui.
Correio Braziliense
Na oficialização da candidatura de Dilma à Presidência, PT “desbota” o vermelho das bandeiras e direciona o discurso para o público feminino, ainda resistente ao nome da ex-ministra de Lula
Lula, sombra indispensável
Serra arregaça as mangas
Serra foi bastante aplaudido
O Estado de S. Paulo
Presidente domina festa de oficialização da candidatura da ex-ministra
Dilma fez um discurso de 50 minutos, mas não empolgou os militantes.
Ainda sem entusiasmar a plateia, que soltava tímidos aplausos, Dilma comparou o Brasil de gestões passadas
Ao defender um governo de coalizão, Dilma parecia à vontade ao lado dos novos aliados – desafetos do PT num passado não muito distante, como o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP)
Dilma é candidata por falta de opção
O PT continua sendo o partido dos pobres, mas não da ética
Ao discursar, o presidente disse que mudou de nome nesta eleição, para Dilma. E que ela o representará na urna eletrônica. Só falta agora Lula ir à TV e, ao melhor estilo Enéas, bradar: “Meu nome é Dilma.”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofuscou a ex-ministra na convenção de ontem
Presidente Lula empata com Figueiredo [último ditador militar]
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Emocao
Tae Se, que é conhecido como Rooney asiático, se emociona por poder defender o seu país em uma Copa do Mundo de futebol.
Ministro do TSE multa PSDB em R$ 10 mil por propaganda antecipada
Mariângela Galucci, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O ministro Henrique Neves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), multou nesta terça-feira, 15, o PSDB em R$ 10 mil por ter feito propaganda eleitoral antecipada. O advogado José Eduardo Alckmin, que defende o partido e o candidato tucano à Presidência, José Serra, informou que vai recorrer da decisão ao plenário do tribunal.
Henrique Neves decidiu punir o PSDB porque entendeu que o site "Gente que mente" teria veiculado propaganda eleitoral antecipada por meio de manifestações de internautas favoráveis à candidatura de José Serra ao Palácio do Planalto.
Alckmin deverá usar basicamente dois argumentos para recorrer da decisão de Henrique Neves: as manifestações dos internautas não podem ser qualificadas como propaganda antecipada; e não ficou provado que as manifestações dos internautas ainda estavam no site. "As manifestações dos internautas foram retiradas do site", assegura Alckmin.
Estadao.com.br
BRASÍLIA - O ministro Henrique Neves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), multou nesta terça-feira, 15, o PSDB em R$ 10 mil por ter feito propaganda eleitoral antecipada. O advogado José Eduardo Alckmin, que defende o partido e o candidato tucano à Presidência, José Serra, informou que vai recorrer da decisão ao plenário do tribunal.
Henrique Neves decidiu punir o PSDB porque entendeu que o site "Gente que mente" teria veiculado propaganda eleitoral antecipada por meio de manifestações de internautas favoráveis à candidatura de José Serra ao Palácio do Planalto.
Alckmin deverá usar basicamente dois argumentos para recorrer da decisão de Henrique Neves: as manifestações dos internautas não podem ser qualificadas como propaganda antecipada; e não ficou provado que as manifestações dos internautas ainda estavam no site. "As manifestações dos internautas foram retiradas do site", assegura Alckmin.
Estadao.com.br
Marina
(Dorival Caymmi)
Marina morena Marina você se pintou
Marina faça tudo
Mas faça o favor
Não pinte este rosto que eu gosto
Que eu gosto e que é só meu
Marina você já é bonita
Com o que Deus lhe deu
Já me aborreci, me zanguei
Já não posso falar
E quando eu me zango, Marina
Não sei perdoar
Eu já desculpei tanta coisa
Você não arrajava outro igual
Desculpe Marina, morena
Mas eu tô de mal, de mal com você
De mal com você
terça-feira, 15 de junho de 2010
Gol do Brasil! Robinho faz lindo passe e Elano, de primeira, amplia, aos 26 do 2º tempo
Gol do Brasil! Robinho faz lindo passe e Elano, de primeira, amplia, aos 26 do 2º tempo.
Gol do Brasil! Maicon arrisca sem ângulo e marca, aos 10 do 2º tempo.
Gol do Brasil! Maicon arrisca sem ângulo e marca, aos 10 do 2º tempo.
Dunga escala Brasil com formação ideal inédita e sem surpresas para estreia
Alexandre Sinato, Bruno Freitas e Mauricio Stycer
Em Johanesburgo (África do Sul)
A seleção brasileira estreia na Copa do Mundo sem novidades em sua escalação. A equipe que enfrenta a Coreia do Norte a partir das 15h30 (de Brasília) é exatamente a base usada por Dunga nos treinos táticos que foram abertos à imprensa. Será a primeira vez que seu time ideal entrará em campo junto. O duelo acontece no estádio Ellis Park, em Johanesburgo.
O Brasil atuará com: Julio Cesar; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano e Kaká; Robinho e Luís Fabiano.
Embora a base seja conhecida e tenha sido repetida diversas vezes nos treinamentos, Dunga nunca conseguiu reunir os 11 titulares. Nos últimos dois testes antes da Copa, Juan foi preservado diante do Zimbábue e Julio Cesar não pôde enfrentar a Tanzânia por culpa da pancada nas costas sofrida no amistoso anterior.
O jogo contra a Coreia do Norte marcará a estreia de seis titulares em Copas do Mundo: Julio Cesar, Maicon, Michel Bastos, Felipe Melo, Elano e Luís Fabiano são os "novatos".
Além de encarar a desconhecida equipe asiática, o Brasil também terá que enfrentar um frio rigoroso. Os termômetros neste momento marcam 3ºC. A sensação térmica é de -2ºC. A temperatura pode cair durante o jogo para -5ºC e sensação térmica ainda mais fria.
O duelo é o segundo do grupo G. No primeiro, também nesta terça-feira, em Port Elizabeth, Portugal e Costa do Marfim ficaram no empate sem gols. Quem vencer no Ellis Park assume a liderança isolada da chave.
UOL copa
Em Johanesburgo (África do Sul)
A seleção brasileira estreia na Copa do Mundo sem novidades em sua escalação. A equipe que enfrenta a Coreia do Norte a partir das 15h30 (de Brasília) é exatamente a base usada por Dunga nos treinos táticos que foram abertos à imprensa. Será a primeira vez que seu time ideal entrará em campo junto. O duelo acontece no estádio Ellis Park, em Johanesburgo.
O Brasil atuará com: Julio Cesar; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano e Kaká; Robinho e Luís Fabiano.
Embora a base seja conhecida e tenha sido repetida diversas vezes nos treinamentos, Dunga nunca conseguiu reunir os 11 titulares. Nos últimos dois testes antes da Copa, Juan foi preservado diante do Zimbábue e Julio Cesar não pôde enfrentar a Tanzânia por culpa da pancada nas costas sofrida no amistoso anterior.
O jogo contra a Coreia do Norte marcará a estreia de seis titulares em Copas do Mundo: Julio Cesar, Maicon, Michel Bastos, Felipe Melo, Elano e Luís Fabiano são os "novatos".
Além de encarar a desconhecida equipe asiática, o Brasil também terá que enfrentar um frio rigoroso. Os termômetros neste momento marcam 3ºC. A sensação térmica é de -2ºC. A temperatura pode cair durante o jogo para -5ºC e sensação térmica ainda mais fria.
O duelo é o segundo do grupo G. No primeiro, também nesta terça-feira, em Port Elizabeth, Portugal e Costa do Marfim ficaram no empate sem gols. Quem vencer no Ellis Park assume a liderança isolada da chave.
UOL copa
Lula dá uma forcinha para a seleção brasileira
O presidente Lula pediu ao amigo Ahmadinejad que falasse com o ditador da Coreia do Norte e pedisse para a seleção dele maneirar com o Brasil na Copa do Mundo. Pode?
Coreia do Norte 'aluga' torcedores para aumentar a torcida
Como o país é muito fechado, poucos cidadãos conseguiram sair da Coreia do Norte para torcer pela seleção na África. Por isso, os ingressos destinados ao país foram vendidos para chineses.
Mino, o texugo,o torneiro mecanico e a "veja"
Joao Francelino*
Mino Carta desnudou e fotografou momentos da trajetoria dos fatos politicos brasileiros acontecidos desde 2002 ate agora , com sua visao agucada de jornalista que participou da fundacao e administracao das grandes revistas,ditas semanarios hoje em dia,de tempos preteritos nao tao longinquos assim.
Usando do recurso da parodia,traca um paralelo entre o texugo do conto de Kafka e a elite brasileira,que nao ouviu os sons emitidos pelo povo brasileiro nas eleicoes daquele ano,2002,acreditando ser impossivel um torneiro mecanico,analfabeto,nordestino, se dar bem como presidente do Brasil,sucedendo o infalivel e poliglota FHC.Nao ouviu novamente os sons emitidos pelo povo em 2006,apesar da campanha ferrenha contra ele comandanda por essa mesma elite que governava o pais desde o descobrimento em 1500,cometendo o erro fatal de nao rever suas praticas suicidas e seu discurso de cunho separatista,caminhando contra tendencia favoravel pro Lula, da maioria, que se formava entao e que se consolida ate hoje.
Um torneiro mecanico presidente e com aprovacao popular"nunca antes vista nesse pais"incomoda muita gente,incomoda a midia comprometida com os interesses inconfessaveis dos manipuladores da opiniao publica nativa,representada pelo semanario "Veja",magistralmente assim definida pelo jornalista Mino Carta ,
"Também, que mentalidade... Lê a Veja, e disto não posso ter dúvidas. Mesmo porque, assisto ao trabalho do zelador do meu prédio nas manhãs de sábado, envolvido na distribuição de dezenas de quilos de papel inútil, andar por andar, para esvaziar o saguão abarrotado".
Novembro chegara rapidamente e com ele a confirmacao das urnas, que consagrara e dara continuidade a politica atual,levando o Brasil a conquistar cada vez mais seu espaco interno e global , fato que tem tirado o sono de muita gente no Brasil.
*Joao Francelino e comentarista convidado,em seu primeiro artigo para o Blog
Mino Carta desnudou e fotografou momentos da trajetoria dos fatos politicos brasileiros acontecidos desde 2002 ate agora , com sua visao agucada de jornalista que participou da fundacao e administracao das grandes revistas,ditas semanarios hoje em dia,de tempos preteritos nao tao longinquos assim.
Usando do recurso da parodia,traca um paralelo entre o texugo do conto de Kafka e a elite brasileira,que nao ouviu os sons emitidos pelo povo brasileiro nas eleicoes daquele ano,2002,acreditando ser impossivel um torneiro mecanico,analfabeto,nordestino, se dar bem como presidente do Brasil,sucedendo o infalivel e poliglota FHC.Nao ouviu novamente os sons emitidos pelo povo em 2006,apesar da campanha ferrenha contra ele comandanda por essa mesma elite que governava o pais desde o descobrimento em 1500,cometendo o erro fatal de nao rever suas praticas suicidas e seu discurso de cunho separatista,caminhando contra tendencia favoravel pro Lula, da maioria, que se formava entao e que se consolida ate hoje.
Um torneiro mecanico presidente e com aprovacao popular"nunca antes vista nesse pais"incomoda muita gente,incomoda a midia comprometida com os interesses inconfessaveis dos manipuladores da opiniao publica nativa,representada pelo semanario "Veja",magistralmente assim definida pelo jornalista Mino Carta ,
"Também, que mentalidade... Lê a Veja, e disto não posso ter dúvidas. Mesmo porque, assisto ao trabalho do zelador do meu prédio nas manhãs de sábado, envolvido na distribuição de dezenas de quilos de papel inútil, andar por andar, para esvaziar o saguão abarrotado".
Novembro chegara rapidamente e com ele a confirmacao das urnas, que consagrara e dara continuidade a politica atual,levando o Brasil a conquistar cada vez mais seu espaco interno e global , fato que tem tirado o sono de muita gente no Brasil.
*Joao Francelino e comentarista convidado,em seu primeiro artigo para o Blog
Que mentalidade
Mino Carta
Qualquer semelhança entre o texugo da piada e a elite brasileira não é mera coincidência
Que falta ao Brasil? Uma elite e uma classe média mais competentes, mais honestas, mais democráticas. Ou, se quiserem, menos egoístas, menos individualistas, menos prepotentes. Habilitadas a entender que os interesses do País coincidem com seus próprios e que uma nação forte e independente convém a todos.
Que falta ao Brasil? Um povo mais consciente da cidadania, mais maduro, mais politizado. Ou, se quiserem, menos resignado, menos paciente, menos “cordial”. (Cuidado, revisão, cordial entre aspas, em homenagem a Sérgio Buarque de Hollanda). Habilitado a entender que o País pertence a cada um e a todos.
Seria uma questão de mentalidade, como diria aquele frequentador do Cine Oberdan, no bairro paulistano do Brás, personagem de uma anedota tão remota quanto o cinema. Ali o documentário da Universal, exibido antes do filme, ao visitar o zoológico de Edimburgo, atreve-se a focalizar o miúdo texugo, capaz de comer suas crias quando impelido pela fome. De pronto, o citado espectador, contínuo em fuga do trabalho de calças arregaçadas até os joelhos em tarde de verão, vira-se para as duas velhinhas sentadas às suas costas, e diz: “Que mentalidade...”
Repito, que mentalidade, mas não cogito do texugo. A elite brasileira, tão bem representada pela nossa mídia, continua impavidamente a trafegar pelas ideias e atitudes de sempre. As mesmas que precipitaram o golpe de 1964, o golpe dentro do golpe de 1968, o fracasso das Diretas Já, a dita redemocratização. Redemocratização? Será que já houve democracia em um País tão monstruosamente desigual?
Que mentalidade... A dita classe média, medida à base dos dados da economia, no Brasil começa por quem ganha acima de três salários mínimos. Prefiro considerá-la ao sabor da postura política, de forma ampla, nutrida pela ambição de imitar os colunáveis e os motorizados de luxo. Claro que nem todos os burgueses e remediados portam-se de acordo com o figurino ditado pelos editoriais dos jornalões e pela onipresente Veja. No entanto, boa parte deles sim. Nada disso contribui para o exercício livre e desabrido do espírito crítico.
Sim, sim, que mentalidade... Do embate dos conformismos, o da minoria e o da maioria, surge uma zona de desencontro muito mais vasta do que parece, a qual se alastra e se torna cada vez mais evidente. A adesão da minoria aos preconceitos, equívocos, vezos pueris, sem desprezar a ignorância e a vocação para o exibicionismo, continua mais ou menos intacta. Já a maioria mostra-se muito menos aturdida, muito menos desarmada, muito menos confusa e incerta.
Que mentalidade... Os donos do poder não percebem que o próprio lhes escapa entre os dedos como areia. Na história do País, há um divisor de águas. A eleição de 2002. De certa maneira, a fronteira claramente vincada entre passado e futuro independe do ex-metalúrgico e de sua esperta Carta aos Brasileiros e dos seus dois mandatos, cujos êxitos mais nítidos a minoria, aliás, não reconhece.
Um operário na Presidência da República é um peso insuportável no estômago de quem se pretende aristocrata e de quem jamais será o burguês da Revolução Francesa. E além do mais, um operário de muitos pontos de vista mais talentoso, nas áreas mais variadas, do que seus predecessores, conquanto engravatados. O povo identificou-se com Lula e se viu representado, finalmente. Consciente de sua escolha.
Há qualquer coisa no ar, algo similar, quem sabe, ao ruído que o dono da toca, bicho misterioso e insondável no conto de Kafka, começa a escutar, de início igual ao resmungar longínquo de um trovão. Estabeleceu-se naquele canto de floresta, depois de cavar fundo e abrir galerias caudalosas e bem escoradas terra adentro, e definir ao cabo e refúgio cálido, aparentemente inalcançável, para o corpo cansado depois de um dia de faina e para os pensamentos ainda acesos. Às vezes experimenta a necessidade de sair da toca para encarar a sua entrada de certa distância, protegido por um tronco, e sentir então o prazer de ter abrigo tão inexpugnável.
E eis que chega aos ouvidos deste animal não melhor especificado por Kafka o ruído distante e um arrepio lhe percorre a coluna. E assim como o ruído aumenta, e desperta ecos surdos, o medo vive também in crescendo. O baque grave e poderoso põe a vacilar as paredes da toca e acua seu dono no fundo do refúgio, não mais seguro da inviolabilidade de sua obra. De verdade, conformado com o fim próximo.
Parece-me que a minoria do Brasil está menos atenta ao desenrolar dos eventos do que o ser sem nome de Kafka. Não ouso dizer que a espera o mesmo fim da personagem do conto. Talvez esse tivesse orelhas bastante desenvolvidas, enquanto por aqui o pessoal não consegue ouvir certos ruídos. Também, que mentalidade... Lê a Veja, e disto não posso ter dúvidas. Mesmo porque, assisto ao trabalho do zelador do meu prédio nas manhãs de sábado, envolvido na distribuição de dezenas de quilos de papel inútil, andar por andar, para esvaziar o saguão abarrotado.
A campainha de alarme soou para os privilegiados e os aspirantes ao privilégio em 2002, e elevou os decibéis em 2006. Deveria ter ficado perfeitamente audível, da primeira vez, e tanto mais da segunda, que a mídia já não dispunha do alcance atingido décadas e décadas. Para não ir longe demais, desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Não falarei dos efeitos da internet porque o computador me amedronta, ainda que saiba de algumas das suas qualidades. Como diz um grande jornalista italiano, Eugenio Scalfari, tento ser moderno mas não sou contemporâneo. É óbvia, decerto, no sentido de que a conclusão é inevitável, a ineficácia de uma mídia destinada a alcançar apenas a minoria. Ou não seria a minoria da minoria? E, de todo modo, que tal começar a esticar os ouvidos?
Mas que mentalidade, a minha...
Qualquer semelhança entre o texugo da piada e a elite brasileira não é mera coincidência
Que falta ao Brasil? Uma elite e uma classe média mais competentes, mais honestas, mais democráticas. Ou, se quiserem, menos egoístas, menos individualistas, menos prepotentes. Habilitadas a entender que os interesses do País coincidem com seus próprios e que uma nação forte e independente convém a todos.
Que falta ao Brasil? Um povo mais consciente da cidadania, mais maduro, mais politizado. Ou, se quiserem, menos resignado, menos paciente, menos “cordial”. (Cuidado, revisão, cordial entre aspas, em homenagem a Sérgio Buarque de Hollanda). Habilitado a entender que o País pertence a cada um e a todos.
Seria uma questão de mentalidade, como diria aquele frequentador do Cine Oberdan, no bairro paulistano do Brás, personagem de uma anedota tão remota quanto o cinema. Ali o documentário da Universal, exibido antes do filme, ao visitar o zoológico de Edimburgo, atreve-se a focalizar o miúdo texugo, capaz de comer suas crias quando impelido pela fome. De pronto, o citado espectador, contínuo em fuga do trabalho de calças arregaçadas até os joelhos em tarde de verão, vira-se para as duas velhinhas sentadas às suas costas, e diz: “Que mentalidade...”
Repito, que mentalidade, mas não cogito do texugo. A elite brasileira, tão bem representada pela nossa mídia, continua impavidamente a trafegar pelas ideias e atitudes de sempre. As mesmas que precipitaram o golpe de 1964, o golpe dentro do golpe de 1968, o fracasso das Diretas Já, a dita redemocratização. Redemocratização? Será que já houve democracia em um País tão monstruosamente desigual?
Que mentalidade... A dita classe média, medida à base dos dados da economia, no Brasil começa por quem ganha acima de três salários mínimos. Prefiro considerá-la ao sabor da postura política, de forma ampla, nutrida pela ambição de imitar os colunáveis e os motorizados de luxo. Claro que nem todos os burgueses e remediados portam-se de acordo com o figurino ditado pelos editoriais dos jornalões e pela onipresente Veja. No entanto, boa parte deles sim. Nada disso contribui para o exercício livre e desabrido do espírito crítico.
Sim, sim, que mentalidade... Do embate dos conformismos, o da minoria e o da maioria, surge uma zona de desencontro muito mais vasta do que parece, a qual se alastra e se torna cada vez mais evidente. A adesão da minoria aos preconceitos, equívocos, vezos pueris, sem desprezar a ignorância e a vocação para o exibicionismo, continua mais ou menos intacta. Já a maioria mostra-se muito menos aturdida, muito menos desarmada, muito menos confusa e incerta.
Que mentalidade... Os donos do poder não percebem que o próprio lhes escapa entre os dedos como areia. Na história do País, há um divisor de águas. A eleição de 2002. De certa maneira, a fronteira claramente vincada entre passado e futuro independe do ex-metalúrgico e de sua esperta Carta aos Brasileiros e dos seus dois mandatos, cujos êxitos mais nítidos a minoria, aliás, não reconhece.
Um operário na Presidência da República é um peso insuportável no estômago de quem se pretende aristocrata e de quem jamais será o burguês da Revolução Francesa. E além do mais, um operário de muitos pontos de vista mais talentoso, nas áreas mais variadas, do que seus predecessores, conquanto engravatados. O povo identificou-se com Lula e se viu representado, finalmente. Consciente de sua escolha.
Há qualquer coisa no ar, algo similar, quem sabe, ao ruído que o dono da toca, bicho misterioso e insondável no conto de Kafka, começa a escutar, de início igual ao resmungar longínquo de um trovão. Estabeleceu-se naquele canto de floresta, depois de cavar fundo e abrir galerias caudalosas e bem escoradas terra adentro, e definir ao cabo e refúgio cálido, aparentemente inalcançável, para o corpo cansado depois de um dia de faina e para os pensamentos ainda acesos. Às vezes experimenta a necessidade de sair da toca para encarar a sua entrada de certa distância, protegido por um tronco, e sentir então o prazer de ter abrigo tão inexpugnável.
E eis que chega aos ouvidos deste animal não melhor especificado por Kafka o ruído distante e um arrepio lhe percorre a coluna. E assim como o ruído aumenta, e desperta ecos surdos, o medo vive também in crescendo. O baque grave e poderoso põe a vacilar as paredes da toca e acua seu dono no fundo do refúgio, não mais seguro da inviolabilidade de sua obra. De verdade, conformado com o fim próximo.
Parece-me que a minoria do Brasil está menos atenta ao desenrolar dos eventos do que o ser sem nome de Kafka. Não ouso dizer que a espera o mesmo fim da personagem do conto. Talvez esse tivesse orelhas bastante desenvolvidas, enquanto por aqui o pessoal não consegue ouvir certos ruídos. Também, que mentalidade... Lê a Veja, e disto não posso ter dúvidas. Mesmo porque, assisto ao trabalho do zelador do meu prédio nas manhãs de sábado, envolvido na distribuição de dezenas de quilos de papel inútil, andar por andar, para esvaziar o saguão abarrotado.
A campainha de alarme soou para os privilegiados e os aspirantes ao privilégio em 2002, e elevou os decibéis em 2006. Deveria ter ficado perfeitamente audível, da primeira vez, e tanto mais da segunda, que a mídia já não dispunha do alcance atingido décadas e décadas. Para não ir longe demais, desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Não falarei dos efeitos da internet porque o computador me amedronta, ainda que saiba de algumas das suas qualidades. Como diz um grande jornalista italiano, Eugenio Scalfari, tento ser moderno mas não sou contemporâneo. É óbvia, decerto, no sentido de que a conclusão é inevitável, a ineficácia de uma mídia destinada a alcançar apenas a minoria. Ou não seria a minoria da minoria? E, de todo modo, que tal começar a esticar os ouvidos?
Mas que mentalidade, a minha...
A face ocultada do futebol
A TV Brasil e a TV Câmara mostraram alguns aspectos da face do futebol que é ocultada pela TV comercial. Sócrates, o capitão da seleção brasileira de 1982 e o jornalista José Cruz, levantaram algumas pontas do véu que cobre, não apenas o futebol, mas grande parte de toda a estrutura esportiva existente no Brasil.
Laurindo Lalo Leal Filho
Está no ar o maior espetáculo de televisão. Em audiência nada bate a Copa do Mundo. Na Alemanha, em 2006, os 64 jogos foram vistos por 26 bilhões de telespectadores, número que neste ano pode alcançar os 30 bilhões. São 60 bilhões de olhos vendidos pela FIFA para as emissoras de TV comercializarem com os seus anunciantes. As cifras envolvidas em dinheiro são estratosféricas. Ganham a Federação internacional, as empresas de televisão e os anunciantes reforçando marcas e alavancando a venda de produtos e serviços.
Um ciclo perfeito, onde nada pode ser criticado. Normalmente, a TV no Brasil não critica os jogos transmitidos já que, dentro da lógica empresarial, seria um contrasenso mostrar defeitos do próprio produto. E o futebol, para a TV, nada mais é do que um dos seus produtos, assim como as novelas e os programas de auditório.
Dessa forma se todos ganham e não há criticas, o grande espetáculo do futebol, em sua dimensão máxima que é a Copa do Mundo, chegaria as raias da perfeição. Pelo menos é que mostra a TV.
Mas, e ainda bem que há um mas nessa história, a TV Brasil e a TV Câmara mostraram no programa VerTV alguns aspectos da face do futebol que é ocultada pela TV comercial. Sócrates, o capitão da seleção brasileira de 1982 e o jornalista José Cruz, levantaram algumas pontas do véu que cobre, não apenas o futebol, mas grande parte de toda a estrutura esportiva existente no Brasil.
Para começar não é verdade que todos ganham. Há quem perda, e são muitos. Por exemplo, os jovens que por força da TV associam desde cedo o sucesso esportivo com o consumo de cerveja. Ou desprezam o estudo, uma vez que seus ídolos não precisaram dele para alcançar a glória e a fama.
No programa, Sócrates foi enfático: “A TV vende o sonho do consumo. Vende atitude, aparência, comportamento, moda. Mas, é incapaz de vender educação. E vender esporte sem educação é um crime. Mostram ídolos do futebol que não estudam e são um péssimo exemplo para a sociedade. E não por culpa deles apenas. O sistema estimula que saiam da escola”.
Afirmação que desperta uma curiosidade. A mídia revela diariamente minúcias da vida dos jogadores. Onde vivem, que carros possuem, como são suas casas e suas famílias. Só não dizem até que ano estudaram, em quais escolas, como eram enquanto alunos. Por que será? Sócrates responde: “a ignorância dos jogadores é estimulada pelo sistema. A ele não interessam profissionais com possibilidade de critica”.
O jornalista José Cruz mostra outras perdas. De toda a sociedade. Por exemplo, com a irresponsabilidade dos dirigentes esportivos nos clubes, federações e confederações. Embora privadas, essas entidades recebem dinheiro público e, por isso, deveriam prestar contas publicamente. “As loterias esportivas repassam dinheiro para o futebol. A Timemania está hoje tapando o buraco das dívidas fiscais dos clubes produzidas por dirigentes irresponsáveis”.
E mostra outras perdas sociais. A do dinheiro público desperdiçado, por exemplo, nos Jogos Panamericanos do Rio, em 2007. Dá dois exemplos retirados do relatório do Tribunal de Contas da União: “a compra de 5 mil tochas para serem acesas no evento, das quais só chegaram 500 e, ainda assim apenas 380 foram aproveitadas e a descoberta, depois dos Jogos, pelos auditores do TCU, de 880 caixas contendo aparelhos de ar condicionado que sequer foram abertas. E tudo isso segue impune”.
Tanto Sócrates, como José Cruz, alertam para o fato da seleção nacional e dos seus jogos serem eventos públicos que, no entanto, estão totalmente privatizados. “A seleção brasileira – que usa as cores, o hino e a bandeira do nosso pais – deveria ter parte de suas receitas revertidas para o futebol brasileiro, muito pobre em várias regiões do Brasil”, diz o jornalista.
Sócrates lamenta o volume de recursos jogados fora pela falta de uma política esportiva de Estado. Para ele “o esporte deveria ser um braço da saúde e da educação. Se não ele fica solto” e aponta a deficiência dos cursos de Educação Física: “não há um que trate o esporte com viés comunitário. É tudo individualista”.
E há mais. Quem quiser saber basta entrar no site da TV Câmara, clicar em “conhecer os programas” e depois no VerTV. Lá revela-se um pouco do que a TV comercial teima em ocultar.
Carta Maior
Dunga afirma que estreia não será fácil
O técnico da seleção brasileira deu uma entrevista coletiva na segunda-feira (14). Ele afirmou que todos os times têm chances de conquistar a taça Fifa, até os norte-coreanos.
Seleção brasileira está confiante com a conquista do hexa
O último treino da seleção foi recreativo. Os jogadores conseguiram relaxar. Na hora de dormir, alguns estão ansiosos e outros garantem que não perdem um segundo de sono com a estreia.
Ministro da Justiça demite Tuma Júnior
Aviso. ‘A verdade virá à tona! Vão surgir fatos que vocês vão se arrepiar, aguardem’, declarou Tuma Júnior ao ser exonerado Acusado de envolvimento com um dos chefes da máfia chinesa em São Paulo, o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, foi demitido ontem do cargo pelo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto. Em nota, o ministro observou que Tuma Júnior responde a três investigações e, fora do cargo, "poderá melhor promover sua defesa".
Ressentido com a demissão, que tentava reverter a todo custo, o ex-secretário saiu atirando. Investigado na Comissão de Ética da Presidência, no próprio ministério e na Polícia Federal, ele disse que foi alvo de arbitrariedades da PF, atribuiu sua desgraça à conspiração de setores mafiosos incomodados com sua atuação, acusou o ministro de agir com "covardia política" e deu a entender que haverá troco. "A verdade virá à tona! Vão surgir fatos que vocês vão se arrepiar, aguardem", disse.
Mais tarde, Tuma Júnior reconsiderou sua declaração. Em telefonema ao Estado, disse que ocorrera um mal-entendido e que se referira "ao ato da demissão e não ao ministro". E afirmou: "Ele é meu amigo e está tão amargurado como eu."
Barreto ainda tentou suavizar o ato, destacando na nota "os relevantes trabalhos" prestados por Tuma Júnior à frente do cargo, mas não funcionou.
O ex-secretário disse que agora, sem as amarras éticas de estar à frente de um cargo de confiança, vai se defender. E mandou um aviso aos setores do governo que, a seu ver, contribuíram para sua queda. "Minha história de vida, do meu pai e da minha família, ninguém vai manchar."
Ele explicou que, no cargo, contrariou interesses e, por isso, teria sido vítima "da verdadeira máfia". Indagado sobre quem se referia, evitou citar nomes, mas registrou que "tem muita gente envolvida, políticos também". E insistiu: "Vocês verão coisas cabeludas! Confio na Justiça, o tempo vai restabelecer a verdade."
Ressentido. Tuma, que chegou ao governo numa negociação política para que seu pai, o senador Romeu Tuma (PTB-SP), aderisse à base governista, não quis condenar diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas mostrou-se ressentido com o governo. "Foi uma grande injustiça para um governo democrático."
Gravações telefônicas e e-mails interceptados pela Polícia Federal durante investigação sobre contrabando ligaram Tuma Júnior ao principal alvo da operação, Li Kwok Kwen, como revelou o Estado em uma série de reportagens. A relação do ex-secretário com Kwen, conhecido como Paulo Li, foi mapeada ao longo dos seis meses da investigação que deu origem à Operação Wei Jin (trazer mercadoria proibida, em chinês), deflagrada em setembro de 2009.
A situação do ex-secretário ficou insustentável diante das provas levantadas pela PF. Seu destino foi selado numa reunião de Lula com Barreto, na sexta-feira. Mas Tuma Júnior resistia a pedir demissão, como sugerira o ministro. Considerava que isso significaria admissão de culpa. Ontem, Barreto perdeu a paciência e o demitiu por ato administrativo, sem apelação.
Tuma, que ainda tinha esperança de reverter o quadro, ficou desconsolado ao tomar conhecimento da demissão pela imprensa. "Não pedi demissão nem pretendia fazê-lo", disse, emocionado.
Estadao.com.br
"Na hora em que o secretário de Justiça se curvar a uma injustiça monstruosa dessas, presta um desserviço à população", explicou. "Minha obrigação é proteger a sociedade, pois se acontece isso comigo, imagine com o Zé da Silva."
Ressentido com a demissão, que tentava reverter a todo custo, o ex-secretário saiu atirando. Investigado na Comissão de Ética da Presidência, no próprio ministério e na Polícia Federal, ele disse que foi alvo de arbitrariedades da PF, atribuiu sua desgraça à conspiração de setores mafiosos incomodados com sua atuação, acusou o ministro de agir com "covardia política" e deu a entender que haverá troco. "A verdade virá à tona! Vão surgir fatos que vocês vão se arrepiar, aguardem", disse.
Mais tarde, Tuma Júnior reconsiderou sua declaração. Em telefonema ao Estado, disse que ocorrera um mal-entendido e que se referira "ao ato da demissão e não ao ministro". E afirmou: "Ele é meu amigo e está tão amargurado como eu."
Barreto ainda tentou suavizar o ato, destacando na nota "os relevantes trabalhos" prestados por Tuma Júnior à frente do cargo, mas não funcionou.
O ex-secretário disse que agora, sem as amarras éticas de estar à frente de um cargo de confiança, vai se defender. E mandou um aviso aos setores do governo que, a seu ver, contribuíram para sua queda. "Minha história de vida, do meu pai e da minha família, ninguém vai manchar."
Ele explicou que, no cargo, contrariou interesses e, por isso, teria sido vítima "da verdadeira máfia". Indagado sobre quem se referia, evitou citar nomes, mas registrou que "tem muita gente envolvida, políticos também". E insistiu: "Vocês verão coisas cabeludas! Confio na Justiça, o tempo vai restabelecer a verdade."
Ressentido. Tuma, que chegou ao governo numa negociação política para que seu pai, o senador Romeu Tuma (PTB-SP), aderisse à base governista, não quis condenar diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas mostrou-se ressentido com o governo. "Foi uma grande injustiça para um governo democrático."
Gravações telefônicas e e-mails interceptados pela Polícia Federal durante investigação sobre contrabando ligaram Tuma Júnior ao principal alvo da operação, Li Kwok Kwen, como revelou o Estado em uma série de reportagens. A relação do ex-secretário com Kwen, conhecido como Paulo Li, foi mapeada ao longo dos seis meses da investigação que deu origem à Operação Wei Jin (trazer mercadoria proibida, em chinês), deflagrada em setembro de 2009.
A situação do ex-secretário ficou insustentável diante das provas levantadas pela PF. Seu destino foi selado numa reunião de Lula com Barreto, na sexta-feira. Mas Tuma Júnior resistia a pedir demissão, como sugerira o ministro. Considerava que isso significaria admissão de culpa. Ontem, Barreto perdeu a paciência e o demitiu por ato administrativo, sem apelação.
Tuma, que ainda tinha esperança de reverter o quadro, ficou desconsolado ao tomar conhecimento da demissão pela imprensa. "Não pedi demissão nem pretendia fazê-lo", disse, emocionado.
Estadao.com.br
"Na hora em que o secretário de Justiça se curvar a uma injustiça monstruosa dessas, presta um desserviço à população", explicou. "Minha obrigação é proteger a sociedade, pois se acontece isso comigo, imagine com o Zé da Silva."
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Deputado agride equipe do "CQC" após assinar pedido de "Bolsa Cachaça"
VITOR MORENO
DE SÃO PAULO
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O deputado federal Nelson Trad (PMDB-MS) agrediu uma equipe do "CQC", da Band, dentro do Congresso Nacional, de acordo com a equipe do programa.
A equipe não registrou boletim de ocorrência, mas as imagens irão ao ar nesta segunda-feira (14) à noite, na Band.
Um cinegrafista da emissora ficou com a roupa rasgada e teve parte do equipamento danificado. A repórter Monica Iozzi também chegou a ser empurrada.
O fato ocorreu na última quarta-feira (9), após o deputado ser abordado pela equipe, que fazia uma reportagem sobre abaixo-assinados no Congresso Nacional.
Eles colocaram uma moça para recolher assinaturas de congressistas, que assinavam o protesto sem se certificar do que estavam assinando.
Trad assinou um abaixo assinado que pedia a inclusão de um litro de cachaça no Bolsa Família.
Ao ser informado pela sobre o que assinara, o deputado se exaltou e xingou a equipe.
A Folha tentou contato com o gabinete do deputado na tarde desta segunda, mas ninguém atendeu às ligações.
Centésimo
O "CQC" comemora nesta segunda, seu programa de número 100. O programa terá, entre outras atrações, matérias sobre a Copa do Mundo e uma entrevista com a cantora Shakira na África do Sul.
O repórter Danilo Gentili, caracterizado como Repórter Inexperiente, entrevista Itamar Franco.
Já Oscar Filho foi pra Argentina, onde desligou televisores justamente quando o jogo da Argentina ia começar.
Folha.com
DE SÃO PAULO
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O deputado federal Nelson Trad (PMDB-MS) agrediu uma equipe do "CQC", da Band, dentro do Congresso Nacional, de acordo com a equipe do programa.
A equipe não registrou boletim de ocorrência, mas as imagens irão ao ar nesta segunda-feira (14) à noite, na Band.
Um cinegrafista da emissora ficou com a roupa rasgada e teve parte do equipamento danificado. A repórter Monica Iozzi também chegou a ser empurrada.
O fato ocorreu na última quarta-feira (9), após o deputado ser abordado pela equipe, que fazia uma reportagem sobre abaixo-assinados no Congresso Nacional.
Eles colocaram uma moça para recolher assinaturas de congressistas, que assinavam o protesto sem se certificar do que estavam assinando.
Trad assinou um abaixo assinado que pedia a inclusão de um litro de cachaça no Bolsa Família.
Ao ser informado pela sobre o que assinara, o deputado se exaltou e xingou a equipe.
A Folha tentou contato com o gabinete do deputado na tarde desta segunda, mas ninguém atendeu às ligações.
Centésimo
O "CQC" comemora nesta segunda, seu programa de número 100. O programa terá, entre outras atrações, matérias sobre a Copa do Mundo e uma entrevista com a cantora Shakira na África do Sul.
O repórter Danilo Gentili, caracterizado como Repórter Inexperiente, entrevista Itamar Franco.
Já Oscar Filho foi pra Argentina, onde desligou televisores justamente quando o jogo da Argentina ia começar.
Folha.com
Romeu Tuma Jr. e exonerado pelo Ministro da Justica
Da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, exonerou Romeu Tuma Júnior do cargo de secretário nacional de Justiça. Segundo nota do Ministério da Justiça, o ato de exoneração foi encaminhado à Presidência da República hoje (14) de manhã.
Investigação da Polícia Federal (PF) verificou suposta ligação de Tuma Jr. com Paulo Li, apontado como chefe da máfia chinesa de contrabando. Além do nome em inquérito da PF, o ex-secretário responde a sindicância no Ministério da Justiça e na Comissão de Ética da Presidência da República.
Conforme a nota, Luiz Paulo Barreto "entende que, estando fora do cargo que atualmente ocupa, Tuma Júnior poderá melhor promover sua defesa".
O ex-secretário é filho do senador Romeu Tuma (PTB-SP), ex-diretor-geral da PF e do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) durante a ditadura militar. Tuma Jr. é formado em direito e é delegado de carreira da Polícia Civil de São Paulo.
Brasília - O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, exonerou Romeu Tuma Júnior do cargo de secretário nacional de Justiça. Segundo nota do Ministério da Justiça, o ato de exoneração foi encaminhado à Presidência da República hoje (14) de manhã.
Investigação da Polícia Federal (PF) verificou suposta ligação de Tuma Jr. com Paulo Li, apontado como chefe da máfia chinesa de contrabando. Além do nome em inquérito da PF, o ex-secretário responde a sindicância no Ministério da Justiça e na Comissão de Ética da Presidência da República.
Conforme a nota, Luiz Paulo Barreto "entende que, estando fora do cargo que atualmente ocupa, Tuma Júnior poderá melhor promover sua defesa".
O ex-secretário é filho do senador Romeu Tuma (PTB-SP), ex-diretor-geral da PF e do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) durante a ditadura militar. Tuma Jr. é formado em direito e é delegado de carreira da Polícia Civil de São Paulo.
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