Enviado por luisnassif, qui, 01/07/2010 - 12:08
No dia anterior ao da convenção do DEM, conversei com João Francisco Meira, do Vox Populi, e com a Maria Inês Nassif. Inês talvez seja a jornalista que mais conheça o DEM – acompanhou o nascimento do PFL, quando repórter política em Brasília. Entende como ninguém a lógica pragmática do partido – o que não significa que concorde.
A visão da Inês era objetiva. O DEM não sobrevive longe do poder. Desde 2002 sua bancada vem caindo sistematicamente. O fato de estar amarrada a uma candidatura com baixa perspectiva de vitória compromete ainda mais seu futuro.
A atropelada de que foi alvo, com a indicação de Álvaro Dias, poderia ter sido sua saída. Se o partido ainda dispusesse das raposas do passado, aproveitaria para não formalizar a coalizão com o PSDB e trataria de se aproximar da candidata vencedora -caso houvesse segundo turno - preservando sua estrutura para a futura recomposição partidária no país.
A posição de João Francisco é similar. O quadro partidário exige um partido de centro-direita moderno. O espaço está vago. Era hora do DEM pensar estrategicamente e se preservar para ocupar esse espaço, já que Serra tentou ocupar em vão: perdeu a confiança da centro-esquerda sem conquistar a da direita.
Mas não adiantou: a esperteza pessoal de César Maia prevaleceu sobre a lógica partidária. Com a candidatura de Índio da Costa, Maia afastou um candidato a deputado que poderia dividir o eleitorado com seu filho Rodrigo Maia – como bem explicou a vereadora Andrea Gouvea Vieira.
Para o DEM, a eventual consolidação de César e de Índio no Rio será a morte lenta. Terá dois centros arrecadadores – São Paulo e Rio – ambos funcionando como departamentos estanques: Kassab é visto como linha auxiliar do PSDB; e César Maia como linha auxiliar dele próprio
Luis Nassif on Line
quinta-feira, 1 de julho de 2010
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