quinta-feira, 27 de maio de 2010

Acabou o “lulismo” de Serra

O blog publica matéria do Brizola Neto, do blog Tijolaço que faz uma análise do rumo que deverá ser tomado pela cúpula da campanha do candidato Serra, após a subida da candidata Dilma nas pesquisas de intenção de votos,veja

Brizola Neto
Sei que é arriscado fazer previsões do tipo da que está aí em cima, no título, e se o caro amigo leitor me perguntar se tenho alguma informação de bastidor, sinceramente direi que não.  Mas acho que está em curso uma rearrumação na campanha tucana.
Se me permitem certa licença narrativa, atentando mais para o conteúdo que para as cenas, acho que o processo se passou mais ou menos assim.
A análise pré-eleitoral partia de algumas constatações óbvias. Exceto diante de uma hecatombe econômica, o que lhes parecia improvável no curto prazo, o alto comando serrista sabia que a popularidade de Lula era indestrutível até outubro.  Já a hipótese de Dilma, pessoalmente, não cair no gosto do povo era bem mais plausível.
Lembremo-nos que a cabeça dos marqueteiros, como a de certos políticos, funciona assim: “qual é a vantagem que eu levo se agir assim ou se agir assado?” é a pergunta essencial diante das opções políticas.
E, achando que a cabeça de Lula é como as suas, imaginaram que o presidente não fosse arriscar seu sólido prestígio – e uma eventual volta ao poder em 2014 – se atirando de corpo e alma na campanha de um “poste”.  A máquina do PT, sobretudo a do PT paulista, que já não vibra de emoção com a candidatura Dilma “amoleceria”, aceitando de forma fleumática aquele “que vença o melhor” cínico dos que pensam, na verdade, em conservar seu poder, como Pilatos no credo.
Era a teoria do “pós-Lula”.
Mas o pós-Lula é pós-Lula, obviamente. E Lula está longe de estar “pós”. E já faz muito tempo, aliás desde o episódio do “mensalão”, que ele colocou os marqueteiros e os políticos “da máquina” reduzidos a, no máximo, darem seus palpites, em lugar de suas sábias “ordens”. Disse isso, falando sobre o acordo com o Irã: se dependesse dos marqueteiros, ele não teria ouvido nada diferente de “presidente, não ponha a mão nesta cumbuca”. Lula nem ligou e assumiu o papel – este, sim – de estadista e não se furtou a dar o passo que o Brasil precisava dar para se impor no cenário internacional.
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