sexta-feira, 21 de maio de 2010

Crônica da grande crise política

 Lugarincertoenaosabido coloca á disposiçao matéria do "Valor",publicada no blog do Luis Nassif, sobre a verdade da crise do "mensalão"

 

Do Valor

Como Lula deu a volta por cima


O depoimento de Duda Mendonça levou a crise do mensalão para dentro do Palácio do Planalto e derrubou a popularidade do presidente ao nível mais baixo desde que assumiu o cargo O pior momento político do presidente Lula, em quase oito anos de mandato, ocorreu no dia 11 de agosto de 2005, quando o publicitário Duda Mendonça, instigado pelo senador Antônio Carlos Magalhães, deu um depoimento-bomba à CPI dos Correios. No testemunho, Duda associou a campanha presidencial de 2002 a crimes eleitorais e financeiros revelados no escândalo do mensalão.
Foi ACM quem convenceu Duda a contar “toda a verdade” à CPI dos Correios, uma das três criadas pelo Congresso em 2005 para apurar o mensalão, que eclodiu há exatos cinco anos. Duda não fora convocado pela CPI para depor. Em 11 de agosto, no entanto, após várias conversas com ACM, o publicitário decidiu ir à comissão. Antes, pediu proteção.
Num depoimento de quase dez horas de duração, Duda confessou ter recebido R$ 15,5 milhões do PT em 2003, em recursos de caixa 2, como pagamento da campanha presidencial do ano anterior. Do total, R$ 10,5 milhões foram depositados numa conta no exterior.
O depoimento levou a crise do mensalão para dentro do Palácio do Planalto e derrubou a popularidade do presidente ao nível mais baixo desde que assumiu o cargo – 28%, segundo as pesquisas do Datafolha em outubro e dezembro de 2005, índice impensável para o Lula de hoje em dia (de acordo com pesquisa de abril, o presidente é aprovado por 73% da população).

Nos últimos três meses, o Valor conversou com os principais personagens da crise do mensalão para investigar por que a oposição desistiu de levar adiante a proposta de impeachment, que passou a ter “prova material”, segundo avaliação de integrantes do próprio governo, após o depoimento de Duda; como o presidente Lula atuou politicamente no seu pior momento; que fatos passaram ao largo das três CPIs; quem foram e como atuaram os “bombeiros” da crise.
Além da participação decisiva de ACM para o depoimento de Duda, novos fatos vieram à tona, como a proposta de renúncia ao cargo e à candidatura em 2006 feita a Lula por aliados; a tentativa de Delúbio Soares, então tesoureiro do PT, de beneficiar um banco estrangeiro em troca de auxílio financeiro ao partido; a peregrinação do empresário Marcos Valério, apontado pelas CPIs como o operador do mensalão, no Banco Central (BC), para tentar mudar a lei de liquidação bancária.
 
Devido ao tamanho da matéria,continue lendo Aqui

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